Futebol: O esporte das multidões. E dos milhões
Há, a arte da bola! O Brasil e sua devoção ao esporte da redonda. Perfeito, válido, emocionante, sensacional. O melhor do mundo. A maternidade de grandes craques.
Mas os jogadores... Essas coitadas vítimas do dinheiro, da fama e poder. Pelos altos salários pagos, viraram prostitutos profissionais, onde o que conta são os refletores e as contas bancárias. E na carona, o poder, a incapacidade de gerir suas próprias vidas enquanto cidadão comum fora dos gramados.
Há muito se deixou de jogar pelo esporte, pela emoção, pela cor da camisa. “Quem paga mais? Onde se pode estar mais em evidência? É lá que devo estar”.
Nos efeitos colaterais, vemos jogadores excêntricos, metidos a besta dando festas e promovendo farras regadas por toda sorte de promiscuidade a até crimes hediondos. Muitos, definitivamente não sabem administrar a fama, a evidência, o dinheiro a rodo. Não foram preparados para isso, é dinheiro demais, jorrando sobre suas cabeças (ou conta bancárias). Claro que existem exceções. Mas a fogueira das vaidades é perversa. Queima silenciosamente. Muito se fala em escândalos, crimes, excessos, abusos.
Um jogo que não traz evidência, acaba virando um joguinho de compadres, cada um tentando proteger seus ricos tornozelos, para assegurar contratos mais ricos amanhã. Não se joga pela paixão de futebol. Mas se jogam pela paixão na conta bancária, no status, na fama.
Não é desmerecedor, é justo receber as pompas e os louros das vitórias e da boa atuação. Eu me queixo dos excessos, dos desvios de valores, das vaidades exageradas.