RINHA
É inacreditável. Existe e é muito bem freqüentada por pessoas tidas como de gabarito na comunidade. Não sei. Não consigo entender como existem pessoas dispostas a ficar toda a tarde, até altas horas da noite, apreciando aquele “esporte” que é uma verdadeira matança. Além de “esporte”, é jogo. As apostas pipocam. O vozerio irritado dos presentes causa um mal estar pra quem não tá acostumado. O pior é mesmo a briga mortal entre os galos que são postos no ringue. Treinados para matar. Matar ou sobreviver, é o instinto deles, conseqüência de um trabalho meticuloso de quem cria essa raça. Antes, tem todo um cerimonial e até aquecimento.
Depois, postos dentro da arena, um sai vivo ou os dois morrem. Não tem meio termo, não se admite a bandeira branca pra conversar. Nada de trégua. É uma coisa horrível. À convite, fui ver. Minha intenção era saber se a coisa era legal.
- Sim, é legal. Olha lá, tem até alvará expedido pela Prefeitura. Fiquei alarmado. Tudo bem, quem sabe a briga dos galos não é tão feia assim!
Esperei para ver. Tudo aconteceu exatamente como descrevi. Até médico apostava e torcia. Freqüentador assíduo, é o último a sair. Não agüentei, pedi licença e casquei fora. Nunca mais entro num local onde se pratica tal “esporte”. Rinha pra lá e eu pra cá. Decisão irrevogável. Chega de tanta brutalidade. Prefiro ambientes e coisa mais suaves: - O amanhecer, o entardecer, observar crianças brincando, admirar as cores do arco-íris, as nuvens, ouvir trovões, chuva caindo, a cidade dormindo. O revoar de pássaros e até mesmo o dos urubus fazem bem a mente. O resto, assim como a rinha é resto mesmo!
Início de milênio, algo deve acontecer. Prefiro que seja para melhor. Do contrário, o fim é um só:
Estaremos fritos, sem dúvida!
É inacreditável. Existe e é muito bem freqüentada por pessoas tidas como de gabarito na comunidade. Não sei. Não consigo entender como existem pessoas dispostas a ficar toda a tarde, até altas horas da noite, apreciando aquele “esporte” que é uma verdadeira matança. Além de “esporte”, é jogo. As apostas pipocam. O vozerio irritado dos presentes causa um mal estar pra quem não tá acostumado. O pior é mesmo a briga mortal entre os galos que são postos no ringue. Treinados para matar. Matar ou sobreviver, é o instinto deles, conseqüência de um trabalho meticuloso de quem cria essa raça. Antes, tem todo um cerimonial e até aquecimento.
Depois, postos dentro da arena, um sai vivo ou os dois morrem. Não tem meio termo, não se admite a bandeira branca pra conversar. Nada de trégua. É uma coisa horrível. À convite, fui ver. Minha intenção era saber se a coisa era legal.
- Sim, é legal. Olha lá, tem até alvará expedido pela Prefeitura. Fiquei alarmado. Tudo bem, quem sabe a briga dos galos não é tão feia assim!
Esperei para ver. Tudo aconteceu exatamente como descrevi. Até médico apostava e torcia. Freqüentador assíduo, é o último a sair. Não agüentei, pedi licença e casquei fora. Nunca mais entro num local onde se pratica tal “esporte”. Rinha pra lá e eu pra cá. Decisão irrevogável. Chega de tanta brutalidade. Prefiro ambientes e coisa mais suaves: - O amanhecer, o entardecer, observar crianças brincando, admirar as cores do arco-íris, as nuvens, ouvir trovões, chuva caindo, a cidade dormindo. O revoar de pássaros e até mesmo o dos urubus fazem bem a mente. O resto, assim como a rinha é resto mesmo!
Início de milênio, algo deve acontecer. Prefiro que seja para melhor. Do contrário, o fim é um só:
Estaremos fritos, sem dúvida!