Auto estima
“Deixe que digam que pensem que falem”... No final é o tempo que sempre vai ter razão. Não adianta dizerem que você é isso ou aquilo, tentarem diminuir aquilo que você representa, porque o valor de cada um está onde nenhum olhar insensível pode alcançar. Quantas vezes você já foi pré-julgado, apontado como um caso perdido, como alguém que não merece confiança, que não tem méritos e nem futuro? Deixe que digam o que quiserem. O tempo é rei, e sempre será dele a última e verdadeira palavra.
Por mais que a gente se esforce e que trate bem as pessoas; por mais que a gente procure dar bons exemplos, sempre haverá alguém descontente com o nosso jeito de ser; aqueles do contra, os que querem ver a gente por baixo, sem moral, sem clima, sem ambiente. É assim comigo, com você e com todo mundo. Nessas horas a gente se pergunta: “O que o mundo tem contra mim”? Na verdade nós passamos a vida inteira lutando contra tudo e contra todos. Mas não se deixe abater. Nada é mais importante do que ter a consciência tranqüila e a mente aberta. É isso que incomoda os frustrados que querem nos ver no chão. A inveja não mata de imediato, mas corrói o coração dos invejosos aos poucos.
É por essas e por tantas outras razões que eu trago dentro de mim uma segurança absoluta de que basta continuar agindo naturalmente para que o nosso lado bom prevaleça. É burrice querer se igualar aos que nos atacam e se equiparar ao nível dos despeitados. Deixe que o tempo dê conta de tudo. Deixa rolar. Basta ser firme, consciente e perseverante para que as coisas se encaixem e tomem um rumo ideal. Quem segue o rumo certo não se perde pelo caminho, e o que a gente tem de melhor ninguém pode tirar.
Feche os ouvidos para a fofoca, para o disse-me-disse, pra inveja, pra dor-de-cotovelo. Seja você mesmo, desde que ser o que você é seja bom pra você e para quem você ama. Nas horas mais difíceis serão poucos os que vão te dar a mão, te ajudar, pois então valorize-se acima de tudo, e acolha no fundo do coração as pessoas que te amam de verdade.
É assim que eu vivo a vida. Eu circulo entre amigos e inimigos com a mesma desenvoltura de um bailarino que dança com os pés descalços sobre o asfalto quente. Sou humilde e soberbo no mesmo instante. Sobrevivo e quase morro diante dos meus defeitos e virtudes. Não espere pouco de mim, porque eu posso surpreender oferecendo o meu máximo. E digo mais... Não me meça dos pés à cabeça, pois as minhas atitudes firmes e a minha gentileza podem despertar ódio e admiração.
Pode parecer ironia ou sarcasmo da minha parte, mas eu adoro amparar os pobres de espírito nos meus ombros e senti-los tremer de tanta insegurança. Isso me fortalece e me envaidece. Quando eu olho pra carinha assustada de alguém que tentou puxar o meu tapete e não conseguiu me derrubar, eu abro um sorriso, abro uma cerveja e transformo tudo numa grande festa.
Ah! E como eu adoro fazer festa! Principalmente diante dos olhos daqueles que fazem questão de tentar minimizar a minha pessoa. Eu sou uma ilha rodeada por um oceano de bons amigos, e nesse mar de ondas positivas eu nado como se eu fosse um peixe. E se nada eu posso fazer por aqueles que se afogam no plasma da própria inveja, desejo que esses morram em paz ou que míngüem bem longe de mim.
Autoestima é isso: é sobreviver tranqüilamente aos ataques e às opiniões equivocadas de quem não nos suporta. Auto estima é rir daqueles que se dizem mais felizes do que a gente, mas que, na verdade, nem sabem o que é sorrir. Autoestima é saber ignorar a depreciação agressiva daqueles que vivem num mundinho desprovido de objetivos e idéias que realmente façam a diferença. Autoestima é ser autêntico, haja o que houver, e não dever absolutamente nada a ninguém.
Por Renée Venâncio.