Vida e morte, um casamento?

A cada segundo diversas células morrem em nosso organismo, somos um conjunto de tecidos, sangue e ossos em constante fase de desgaste e renovação. Vida e morte se abraçam, dançam juntas a valsa de um baile universal, não passam de duas amantes a jorrar o seu gozo no cosmos. Então será que somos o fruto de um estalo gigante, somos apenas poeira de estrelas? Não sei, porém parece impossível conceber à vida sem antes considerar a morte, então por que a evitamos, qual é a razão para tanta negligência? Considerando a limitada consciência humana, ignorando às leis do universo... Qual é o sentido de um começo sem fim? É preciso zelar pela morte, afinal é ela que dá motivação para o homem buscar um signficado para a vida. É preciso fechar os olhos para o medo! Já, que como conta a história maiores foram os homens que se lancaram nos abismos sem fundo recusando o medo. Será que na realidade não existe medo da morte, apenas medo de viver?

O ciclo vida e morte se faz presente nas situações mais corriqueiras, entrelaçando-se desde a magia da semente até o despencar da folha. A vida está no nascimento e também na renovação após a decomposição da ávore, e o mais absurdo é que esse conhecimento é possuído por todos que nada aprendem com a morte.

Talvez a melhor forma de aceitar a morte seja celebrá-la, um exemplo disso ocorria num antigo costume da cultura chinesa; onde os familiares organizavam uma grande festa para honrar à vida de seu ente querido falecido, quanto maior a festa maior mais o falecido era honrado. Quem sabe em breve o restante do mundo possa ter uma postura de menos temor à morte, já que mesmo ignorando posturas religiosas é possível ver na própria natureza que a morte não é fim, ela é apenas um recomeço.

Buendia
Enviado por Buendia em 06/11/2010
Código do texto: T2601049
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