texto
Todas as cartas de amor são ridículas, por força das circunstâncias mais o será esta, onde as circunstancias são vagas vazias, desta onda... vadia. Acaba o dia, nadei, passeei, agora estou cansado. Falta-me fazer um poema de amor como se o mesmo se pudesse encomendar com chantilli na pastelaria, prozac na farmácia, acompanhado a água benta na igreja, dizendo bobagem aqui?
A verdade é esta, para expressar amor
à que sentir
a larva da emoção
a descobrir
um mistério qualquer
A descoberta é esta, para expressar
amor
a fome tem que fazer
o seu caminho
A certeza está, para expressar amor
à deriva
um pouco ao acaso...
A declaração é esta: eu caso
nesse caso!...
e tem o u de eu
e tem o n e esse... nesse
e tem de reparar como é simétrico...
(o acaso é que nos casa, digo eu?!...)
e... u caso/ n... esse caso
Falta agora dar um nome ao texto, encontrar uma designação que designe a acção... Não é não? Não, claro que não e claro que sim: Não é não. A boa da designação, vou pedir à minha amiga que ma dê... Como amizade não deve ser função do género, qualquer coisa do género..., quem quiser pode dar um título ao texto.