VOCÊ SABE OUVIR?
Deveríamos ter mestres que nos ensinassem a calar. Eles seriam especialistas em escutatória.
Ficaria bem mais fácil conversarmos, se as pessoas soubessem ouvir, o que não acontece comumente.
Fiz uma reunião em minha casa para 5 amigas. Uma delas, poucos minutos antes, me ligou perguntando se podia levar uma amiga que havia chegado à casa dela, de surpresa.
Já achei que essa criatura não devia ser das mais educadas, pois não se aparece na casa de alguém sem avisar, a menos que seja um fantasma, que aparece onde bem entender a qualquer hora.
É claro que disse à minha amiga que podia trazer a criatura.
Ela quase destruiu a reunião. Chegou e começou a falar do casamento fracassado, do marido que a havia abandonado, da “vagabunda” que o marido arranjou (são sempre vagabundas, na opinião da traída) e não deixou mais ninguém falar.
Num determinado momento eu, que me segurei ao máximo, não aguentei e lhe disse, em tom de brincadeira: você já reparou que você não deixou ninguém falar, transformando a nossa reunião numa sessão de análise? Tudo bem que você esteja com um problema, mas você não joga no meu time, não foi convocada e, no entanto, pegou a bola e não quer soltá-la mais e, o pior, não respeita os 45 minutos do primeiro tempo e entra de sola no segundo, não dando atenção nem ao apito do juíz.
Vamos fazer uma coisa: Agora você só escuta e presta atenção e, se quiser fazer algum comentário, tem 1 minuto, depois mais 2 de réplica e nada de tréplica, falou?
Deveríamos ter mestres que nos ensinassem a calar. Eles seriam especialistas em escutatória.
Ficaria bem mais fácil conversarmos, se as pessoas soubessem ouvir, o que não acontece comumente.
Fiz uma reunião em minha casa para 5 amigas. Uma delas, poucos minutos antes, me ligou perguntando se podia levar uma amiga que havia chegado à casa dela, de surpresa.
Já achei que essa criatura não devia ser das mais educadas, pois não se aparece na casa de alguém sem avisar, a menos que seja um fantasma, que aparece onde bem entender a qualquer hora.
É claro que disse à minha amiga que podia trazer a criatura.
Ela quase destruiu a reunião. Chegou e começou a falar do casamento fracassado, do marido que a havia abandonado, da “vagabunda” que o marido arranjou (são sempre vagabundas, na opinião da traída) e não deixou mais ninguém falar.
Num determinado momento eu, que me segurei ao máximo, não aguentei e lhe disse, em tom de brincadeira: você já reparou que você não deixou ninguém falar, transformando a nossa reunião numa sessão de análise? Tudo bem que você esteja com um problema, mas você não joga no meu time, não foi convocada e, no entanto, pegou a bola e não quer soltá-la mais e, o pior, não respeita os 45 minutos do primeiro tempo e entra de sola no segundo, não dando atenção nem ao apito do juíz.
Vamos fazer uma coisa: Agora você só escuta e presta atenção e, se quiser fazer algum comentário, tem 1 minuto, depois mais 2 de réplica e nada de tréplica, falou?