ROGANDO PRAGAS
O supermercado é um bom lugar para observar as pessoas e ontem, depois do trabalho, eu fiz mais uma de minhas pesquisas.
As filas estavam imensas, mais parecendo que o mercado estava doando os mantimentos.
Uma senhora, atrás de mim, estava com vários mantimentos nas mãos e eu resolvi conseguir um saco plástico para que ela os acomodasse. Um senhor, logo que esvaziou sua cesta, trouxe-a até ela que lhe agradeceu gentilmente. Comentamos sobre a gentileza do cavalheiro, coisa que já não se vê, atualmente.
Uma senhora, de cabelos brancos, vendo aquela fila imensa, pediu para passar na frente, pois só tinha dois itens e, além do mais, estava com uma pessoa muito doente em casa.
Fiquei a pensar o que a teria feito entrar num mercado tão cheio para comprar só leite e biscoitos, tendo alguém, doente, em casa.
Deixamos que passasse e ela continuou, agora para a moça do caixa, a falar sobre a enferma que estava em casa.
Uma das senhoras olhou pra mim, levantou as sobrancelhas, e disse: “aposto que é mentira”.
Tudo bem, lhe disse, nós fizemos a nossa parte. Não perdemos nada em ser gentis.
Logo que ela se retirou, a moça do caixa disse: todo dia ela conta a mesma história. Ou a casa dela é um hospital e tem muitos doentes ou ela é uma velha mentirosa.
Muitas pessoas usam artifícios como esse para darem uma de espertas até que um dia encontram alguém mal-humorado que lhe dá um tremendo fora.
Semana passada eu estava na fila – imensa - do cinema quando chegou uma senhora e me pediu se eu podia comprar o ingresso para ela.
- Pois não, é um só?
- Não, filhinha, são 10.
- Não posso fazer isso, minha senhora. Não é justo com as pessoas que chegaram cedo e estão na fila.
Ela saiu resmungando e me rogando pragas. Ainda bem que tenho o corpo fechado.
Velhinha safada essa, não acham?
Edina Bravo
O supermercado é um bom lugar para observar as pessoas e ontem, depois do trabalho, eu fiz mais uma de minhas pesquisas.
As filas estavam imensas, mais parecendo que o mercado estava doando os mantimentos.
Uma senhora, atrás de mim, estava com vários mantimentos nas mãos e eu resolvi conseguir um saco plástico para que ela os acomodasse. Um senhor, logo que esvaziou sua cesta, trouxe-a até ela que lhe agradeceu gentilmente. Comentamos sobre a gentileza do cavalheiro, coisa que já não se vê, atualmente.
Uma senhora, de cabelos brancos, vendo aquela fila imensa, pediu para passar na frente, pois só tinha dois itens e, além do mais, estava com uma pessoa muito doente em casa.
Fiquei a pensar o que a teria feito entrar num mercado tão cheio para comprar só leite e biscoitos, tendo alguém, doente, em casa.
Deixamos que passasse e ela continuou, agora para a moça do caixa, a falar sobre a enferma que estava em casa.
Uma das senhoras olhou pra mim, levantou as sobrancelhas, e disse: “aposto que é mentira”.
Tudo bem, lhe disse, nós fizemos a nossa parte. Não perdemos nada em ser gentis.
Logo que ela se retirou, a moça do caixa disse: todo dia ela conta a mesma história. Ou a casa dela é um hospital e tem muitos doentes ou ela é uma velha mentirosa.
Muitas pessoas usam artifícios como esse para darem uma de espertas até que um dia encontram alguém mal-humorado que lhe dá um tremendo fora.
Semana passada eu estava na fila – imensa - do cinema quando chegou uma senhora e me pediu se eu podia comprar o ingresso para ela.
- Pois não, é um só?
- Não, filhinha, são 10.
- Não posso fazer isso, minha senhora. Não é justo com as pessoas que chegaram cedo e estão na fila.
Ela saiu resmungando e me rogando pragas. Ainda bem que tenho o corpo fechado.
Velhinha safada essa, não acham?
Edina Bravo