MULHER BURRA NASCE MORTA

 

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Uma estudante de Direito detona os NORDESTINOS: "nordestino não é gente, faça um favor a São Paulo, mate um nordestino afogado"(...) Mais uma investida preconceituosa, motivada, neste caso, pela eleição da nossa Presidenta Dilma Rousseff. Isto significa que a moça, MAYARA PETRUSO (INTRUSO) votou em Serra e isto é sintomático. Imaginem se Serra tivesse ganhado, após uma campanha sórdida, falso moralista que avocou à cata de voto,  o ABORTO e questões homo-afetivas como união civil entre gays.
 

O que não me atinge é a questão NORDESTINA. Eu gosto de ser atingido por questões em que a inteligência sejam a mola mestra. Posso lhes garantir que tenho alguns amores na vida: 1 – Eu, que me amo acima de tudo; 2 – Minha família; 3 – Ser nordestino de Pernambuco, nascido em Bom Conselho de Papacaça. Por isto essa bobagem postada na rede de relacionamentos sociais não me toca. O que me toca é a cepa dessa moça – estudante universitária, mulher, eleitora de Serra (o que é compreensível) que, no conjunto podemos aglutinar: BURRA. Nenhum ser humano me causa dó. Não costumo ter esse sentimento por gente, por pessoa, mesmo as mais simples, para quem a vida foi SEVERINA. Mas dessa Mayara eu tenho, pois se ela tivesse nascido no Nordeste, em contato com as dificuldades, teria aprendido que "gado a gente tange, fere, engorda e mata, mas com gente é diferente"...
 

A mensagem que manda os paulistas afogarem um nordestino é tola. Digna de uma universotária que talvez nem estude, mas freqüente as aulas com outros objetivos; digna de uma mulher que não honra a classe feminina que tantos avanços alcançaram na história. Uma atitude dessas funciona como que “puxando o tapete” das mulheres. Não votar em Dilma é um detalhe tão sem importância como ter votado em Serra. O que será um VOTO para uma pessoa dessas? Fico me regurgitando: essas atitudes recalcitrantes provavelmente têm o amparo de famílias integrantes do conhecido mundo dos “novos ricos”. Os novos ricos, no geral, têm dinheiro proporcional às futilidades cotidianas em que os valores que mais valem são aqueles que não valem nada, mas se passam por valendo tudo e que, muitas pessoas só descobrem isto quando entram em falência financeira.
 

Se essa universotária tiver namorado, fico pensando: o que será que conversa? Se tiver filhos, o que será que orienta, além de ensinar formas de comprar roupas de grife? Será que leu algum clássico da literatura, ou prefere, inconscientemente, a “lixeratura on line” que a net tão bem divulga? Se essa pessoa for religiosa, provavelmente acredita em satanás, em capiroto, em chifrudo, em belzebu, em “coisa ruim”, encosto e alhures. Sendo estudante de Direito, como falam, a gente fica sem entender, pois me suscita outro viés que pode tê-la levado nessa verborrágica preconceituosa: a FACULDADE DE DIREITO DE PERNAMBUCO é pioneira no ensino Jurídico do Brasil. A nossa tradição intelectual e libertária talvez seja mais um motivo dessa infantilidade, não obstante a nação nordestina ser lastro cultural do país.

Essa moça é meio “VIÚVA PORCINA” – aquela que foi sem nunca ter sido. Pois bem: ela é sem ter sido. Consegue a proeza de perder para Porcina que, inteligentemente, foi viúva sem ter sido casada. Rica e poderosa, dominou os rincões baianos com sua sensualidade e inteligência  e sagacidade.
 

Os comentários por aqui, em nossa nação,  são péssimos! Todo mundo se arretou com isto, inclusive contra os paulistas. No nosso linguajar menos polido, ficamos putos da vida! Mas eu não vejo lógica, nem nexo, tal qual a universitária sem nexo e muito menos sem lógica. Adoro os paulistas e paulistanos. A grande maioria deles também nos ama e disto a gente não duvida. Infelizmente uma pisada de bola dessas, reflete e mexe com nossos brios de “cabras da peste”, terra de Lampião e Maria Bonita. Também de Gilberto Freyre, Jorge Amado, José Américo de Almeida, José de Alencar, Castro Alves, Marlos Nobre, Caetano, Gal, Gil, Austregésilo de Athaíde, Capiba, Alceu Valença, Luiz Gonzaga, Patativa do Assaré, Irmã Dulce, Frei Damião, Dantas Barreto, Josué de Castro, Manuel Bandeira, Lula, Marco Maciel, Balé Popular de Pernambuco, Arlete Sales, Lenine, Chico Anísio, Raquel de Queiroz, Marcos Vilaça, Augusto dos Anjos, Dom Hélder , Lula Cardoso Ayres, Cícero Dias, Joaquim Nabuco, Machado de Assis, Carlos Pena Filho, José Lins do Rego, Carnaval, maracatu de baque solto e de baque virado, papa angus, tribos canindés, La ursa, frevos de bloco, canção, de rua, bonecos de Olinda, Feira de Caruaru e mestre Vitalino, cirandas, bumba meu boi, coco de roda, forró, xote, xaxado e baião, etc. Vou colocar um trema nestas citações, senão o papel não dá...
 

 

Desculpe moça, mas nem seu nome eu decorei. No dia em que você dispuser de algumas informações culturais dessa nossa rica nação, se for o caso, a gente conversa. Por enquanto, há uma distância enorme de conhecimentos que nos separam. Cuidado pra você não ser afogada, fazendo o feitiço virar por cima do feiticeiro. Afinal, São Paulo é a maior cidade nordestina do país. Nós adoramos isto, porque faz parte da nossa altivez o sentimento de amor e orgulho a todos os estados da nossa nação. Na sua formatura, quando estiver “Colando Grau", não vá pensar que se cola grau como se cola selo nos correios. Também, em respeito às loiras, não pinte seu cabelo, senão seria uma abreviação do fim do mundo.
 

O QUE FEZ A OAB-PE:

A Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional de Pernambuco (OAB-PE), entra nesta quinta-feira (4) com uma notícia-crime contra a estudante de Direito de São Paulo, Mayara Petruso, apontada pela entidade como uma das responsáveis pela onda de manifestações de preconceito contra nordestinos, surgida na internet, após o anúncio da vitória de Dilma Rousseff nas eleições presidenciais. A denúncia será apresentada ao Ministério Público Federal, que vai analisar as provas e decidir se é cabível a ação penal contra a universitária.

De acordo com o presidente da instituição, Henrique Mariano, ao declarar que "nordestino não é gente, faça um favor a São Paulo, mate um nordestino afogado", a jovem praticou os crimes de racismo e de incitação pública à pratica delituosa.

- O crime de racismo é um crime cuja penalidade é muito severa. É imprescritível e inafiançável. Ela poderá ser condenada a uma pena de 2 a 5 anos de reclusão. Já o crime de incitação pública à prática de ato delituoso é mais brando. Ele prevê detenção de 3 a 6 meses ou multa - explica.