MEU AMIGO TURCO...
Tive um amigo turco quando
estudava no colegial,
e ele era bem turco mesmo.
O pai dele tinha uma loja
de tecidos na
principal rua de Santo Amaro.
Um dia passei
por lá, porque ele era meu
amigo...E nisso...enquanto
conversávamos
à porta da loja...chega um
caipira,
desses bem interioranos,
que nos vendo
ali conversando, veio perguntar
sobre um chapéu...
Bem...a loja era de tecidos
e não de chapéus...
mas como se tratava de loja de
turcos...
por incrível que pareça também
vendia chapéus...
Mourísio fez o caipira entrar
na loja...todo sorrisos...e eu
entrei também...E logo depois lá
vem meu amigo turco
sobraçando um chapéu de peão...
um modelo texano, certamente.
Levou o caipira diante do
espelho,e lhe pôs o chapéu na
pequena cabeça, na qual
entrou tão folgado que o chapéu
se movia de um lado para o outro...
Nesse momento vi como meu
amigo era comerciante...porque
fez com que esse
mirradinho caipira se sentisse
um príncipe
diante de um grande espelho
mostrador.
Com jeito ele ajeitava o chapéu
sobre a cabeça dele...e não
parava de elogiar dizendo que
lhe caía muito bem.
Mas na realidade esse chapéu
mais se parecia
a um sombrero mexicano...
O caipira estava feliz...super
contente...pois havia encontrado
o chapéu dos seus sonhos.
Pagou ainda
um preço exagerado e saiu...
de chapéu novo balangando...
num cai num cai...rsrsrs.
Então meu amigo Mourísio
apenas disse:
tá vendo...o chapéu não era tão
importante...o importante era
fazê-lo feliz...e realizado.
Você viu como ele saiu contente?
Naquele dia,realmente,
ele havia me ensinado uma grande
lição...ou seja: com quase nada já
podíamos ser felizes...e assim
baseado nesse exemplo
passei a levar a minha vida.
Melhor ser feliz...sem se exigir
demasiado da vida.
Mourísio hoje é físico nuclear...
e a loja Santo Antônio...não existe mais.
Fechou.
Hoje não sei mais onde meu amigo
está.Soube
há muitos anos, através de outros
amigos nossos,
que se formara em engenharia nuclear.
Então me ocorre pensar que essas
lembranças todas ...o vento levou...
mas de presente deixou
as sementes...
de um amigo que carinhosamente o
chamava de Turquinho.
-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o
Autor:Cássio Seagull
Crônica que fiz em 04-11-10 às 17 h em SP
Lua minguante – sol – 23 graus
Beijos e abraços para você...Boa sexta.
cseagull2@hotmail.com
-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o
Tive um amigo turco quando
estudava no colegial,
e ele era bem turco mesmo.
O pai dele tinha uma loja
de tecidos na
principal rua de Santo Amaro.
Um dia passei
por lá, porque ele era meu
amigo...E nisso...enquanto
conversávamos
à porta da loja...chega um
caipira,
desses bem interioranos,
que nos vendo
ali conversando, veio perguntar
sobre um chapéu...
Bem...a loja era de tecidos
e não de chapéus...
mas como se tratava de loja de
turcos...
por incrível que pareça também
vendia chapéus...
Mourísio fez o caipira entrar
na loja...todo sorrisos...e eu
entrei também...E logo depois lá
vem meu amigo turco
sobraçando um chapéu de peão...
um modelo texano, certamente.
Levou o caipira diante do
espelho,e lhe pôs o chapéu na
pequena cabeça, na qual
entrou tão folgado que o chapéu
se movia de um lado para o outro...
Nesse momento vi como meu
amigo era comerciante...porque
fez com que esse
mirradinho caipira se sentisse
um príncipe
diante de um grande espelho
mostrador.
Com jeito ele ajeitava o chapéu
sobre a cabeça dele...e não
parava de elogiar dizendo que
lhe caía muito bem.
Mas na realidade esse chapéu
mais se parecia
a um sombrero mexicano...
O caipira estava feliz...super
contente...pois havia encontrado
o chapéu dos seus sonhos.
Pagou ainda
um preço exagerado e saiu...
de chapéu novo balangando...
num cai num cai...rsrsrs.
Então meu amigo Mourísio
apenas disse:
tá vendo...o chapéu não era tão
importante...o importante era
fazê-lo feliz...e realizado.
Você viu como ele saiu contente?
Naquele dia,realmente,
ele havia me ensinado uma grande
lição...ou seja: com quase nada já
podíamos ser felizes...e assim
baseado nesse exemplo
passei a levar a minha vida.
Melhor ser feliz...sem se exigir
demasiado da vida.
Mourísio hoje é físico nuclear...
e a loja Santo Antônio...não existe mais.
Fechou.
Hoje não sei mais onde meu amigo
está.Soube
há muitos anos, através de outros
amigos nossos,
que se formara em engenharia nuclear.
Então me ocorre pensar que essas
lembranças todas ...o vento levou...
mas de presente deixou
as sementes...
de um amigo que carinhosamente o
chamava de Turquinho.
-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o
Autor:Cássio Seagull
Crônica que fiz em 04-11-10 às 17 h em SP
Lua minguante – sol – 23 graus
Beijos e abraços para você...Boa sexta.
cseagull2@hotmail.com
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