PEDOFILIA - Casos reais

A pedofilia pode ser definida como doença, distúrbio psicológico ou desvio sexual em que adultos tem atração sexual por crianças ou pré-púberes. É sabido, porém, que muitos casos de abuso sexual de menores ocorrem, não por ser o abusador um pedófilo, mas sim, um oportunista, que aproveita da fragilidade da vítima para realizar seus desejos por sexo.

Seja lá qual for a definição mais apropriada, o certo é que nós temos é que proteger as nossas crianças desse mal que existe e sempre existiu e protegê-las, também, de pessoas insanas que são capazes de fazer todo tipo de maldade, algumas vezes, por pura diversão.

Há mais de trinta anos atrás, em uma pequena e pacífica cidade do interior de Minas gerais, já se via casos de pedofilia, antes, mesmo, de este nome significar alguma coisa por lá. As crianças eram abordadas nas ruas, na praça da igreja e, até mesmo, em frente a casa delas.

Lembro-me de três casos que passo a relatar.

O primeiro deles é o de uma garota de onze anos. Ela havia ido à igreja para um ensaio da primeira comunhão. Ao final do ensaio, ela deu uma volta na praça e já seguia para casa quando um homem a chamou. “- olha aqui. Disse ele e mostrou uma revista, pouco maior que um gibi, aberta. Veja aqui e apontou para uma gravura. A menina não tava nem conseguindo decifrar que raio de gravura era aquela e ele solta: “- Quanto você quer para fazer isso aí?” De súbito, a menina entendeu tudo, sentiu medo e se afastou o mais rápido possível, saiu correndo e só parou quando chegou em casa. Com sua simplicidade e inocência, sentiu até vergonha, não falou para ninguém e achou que fugir, ficar longe dessas coisas era o suficiente. Portanto o sujeito, que aparentava seus trinta anos de idade, deve ter continuado ali a abordar outras meninas.

Pouco depois eu soube de outra ocorrência. Desta vez, a criança era ainda menor. Era uma menina de sete anos. Parou, em frente a casa dela, um sujeito, de bicicleta, encheu suas mãozinhas de balas. Ela que estava brincando, deixou sua brincadeira de lado e subiu na garupa da bicicleta do homem. O homem levou a menina até um matagal que tinha perto da casa dela. Parou a bicicleta, desceu e ajudou a menina a descer. Virou-se e pegou um objeto que estava dentro de uma pasta velha e ao voltar-se para a garotinha deu de cara com um homem, que os havia seguido, vizinho da menina, que a chama. O maldito, assustado, foge. O bondoso e atento vizinho, percebeu o perigo. Seguiu os dois e chegou a tempo de socorrer a criança. Levando-a de volta para seus pais. Explicando-lhes o ocorrido. Atenção redobrada, triplicada, naquele lar.

O último caso é o de uma menina de nove anos. Ela era linda e tinha uma irmã gêmea. Eram idênticas. Elas eram a paixão da mãe, que declarava esse amor aos quatro ventos. Seus olhos brilhavam quando falava das meninas, a gente sentia esse amor no ar, esse amor de mãe, orgulhosa de suas crias. A menina estava sozinha, na rua, perto da casa delas, o malandro a pegou, ninguém sabe ao certo os detalhes, ninguém viu. Levou-a para um lote vago, abusou da pobre criança e depois... A menina estava demorando a voltar para casa. Começaram a procurar por ela, porém, quando a encontraram já era tarde demais. A polícia conseguiu prender o bandido. A população queria linchá-lo, mas, nem isso traria a menina de volta. Restou a dor naquele coração de mãe e a mana gêmea, sem sua grande amiga e companheira de todas as horas. Na verdade, toda a cidade ficou marcada com essa história atroz.

A pedofilia existe, é um risco à sociedade. A criança é presa fácil. Por isso, elas precisam dos cuidados e proteçao dos pais.

Portanto, crianças, quando um pai ou mãe diz: - Não vá! - Não saia sozinha! - Você ainda não tem idade para passar a noite fora de casa ou para se virar sozinho na rua! É melhor dar crédito a eles. Eles só querem ajudar. O mundo é perigoso!

E é por isso, também, que os pais têm que conversar muito com os filhos, falar abertamente dos riscos, explicar o porquê dos nãos.

Entretanto, todos nós devemos abrir bem os nossos olhos, buscar a sensibilidade para perceber onde está o inimigo, afastar-nos o mais rápido possível e resgatar nossos filhos ou nossos amigos, ao menor sinal de perigo. Temos que estar atentos, aprender a ler o mundo e a decifrar quem é boa companhia e quem não é. Temos que estar dispostos a proteger as pessoas que amamos, mesmo que isso demande esforço, tempo, dinheiro e até umas discussõezinhas, de vez em quando.

Na maioria das vezes, pensamos que com a gente não vai acontecer. Poderá não acontecer, se estivermos atentos. Porém, não distraia não, fique em vigília. Viver é maravilhoso, mas não é fácil. Exige muito esforço ser e manter-se feliz. E, ser feliz implica que as pessoas que você ama também estejam felizes. Por isso vamos cuidar uns dos outros. E, aí sim, viver valerá à pena, sempre!

DoraSilva
Enviado por DoraSilva em 04/11/2010
Reeditado em 09/11/2010
Código do texto: T2596161
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.