A página continua branca, virgem. Onde minha carencia de escrever? E, logo hoje que tenho tanto a dizer...Mas, engasguei. Nada saiu aquí, nem dentro de mim. Ou será que deixei esvaziar o belo que eu agasalhava? Deixei escorrer pelos dedos a chance rara de viver o pleno...O certo é que estou menor, infinitamente menor. O certo é que uma densa camada de sonhos que habitavam meu ser se foi. Restou uma saudade chata, desmedida de tudo que poderia ter sido, e não foi. Tento entender, tento me entender, em vão. Como explicar o que por sí só não tem explicação?
Só me resta viver meu momento de solidão, mergulhar fundo nessa escuridão e esperar que passe para que volte a ver que abismos são para serem enfrentados e que a dor é água que lava a alma. Só espero que passe logo e que eu possa submergir mais forte para enfrentar todos os percaçõs que a vida nos impõe.
Cá estou eu vivendo passo á passo, ou morrendo passo á passo a dor da saudade.
É a vida!