O sofrimento que pode amanhã ser também o nosso



 
Longe da floresta densa de nossos pensamentos
Busco acalmar meu ser
Perto da complexidade dinâmica de nosso viver
Procuro domar minha revolta contra esta sociedade mesquinha que ajudei a criar
Por todo o tempo em que desta responsabilidade me eximi
E em todo o tempo que compactuei, me omitindo
 
Posso ter acordado tarde
Mas acordei
Aceitar esta realidade onde milhões sofrem da miséria do abandono social e humano
É me corromper, pela facilidade de fingir que nada vejo, que não tenho culpa e que nada posso efetivamente fazer
Podemos muito, quando muito queremos
Podemos mais quando nos unimos
E não podemos nada quando nos omitimos
 
Agora o sofrimento deles pode, amanhã, ser também o nosso...

Arlindo Tavares
Enviado por Arlindo Tavares em 04/11/2010
Código do texto: T2595843
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