Silêncio Insone
O silencio que ruge da madrugada, com estrelas parcas, perpetuada pela inescrupulosa insônia, regida por uma sinfonia de instrumentos de cordas e sopros e poesias. Ruge também a nostalgia, sempre fiel. Uma tristeza assola, o travesseiro consola. Pego um livro qualquer e folheio, sem lê-lo. Um quarto pequeno, sem rédeas, sem ruínas, sem fim. O tempo se arrasta quando nele nos detemos. O relógio é inglês, pontual. Nos cobertores suprimimos nossas angustias, nossas vitalidades. A vida, em pensamentos em noites escuras, passa feito um riacho, cheio de pedras. O que queremos? Tudo! Tão simples, e tão complexo assim.