E AGORA...
Assim como ninguém pode banhar-se duas vezes em um mesmo rio, acho difícil, senão impossível, repetir-se o governo Lula. Fatores internos e externos, por certo, ditarão os rumos da economia e das políticas públicas em nosso país. Gostemos, ou não, a presidente Dilma chega ao poder com um séquito de políticos da pior espécie. Fisiologistas de toda ordem e estirpe logo mostrarão as suas garras e o pobre dinheiro público será, mais uma vez, objeto de cobiça de tantos predadores. É, meus amigos, o legado político deixado por Lula não sobreviverá à investida de tantos "apoiadores".
A classe média, novamente, será a mais sacrificada, como o foi no governo findante. A classe média, na qual me incluo, será chamada, uma vez mais, a pagar a conta da ação populista e deletéria desse governo. Assim, considerando a compressão sofrida pela classe média, com certeza, mais alguns pobres serão incluídos nessa massa tão sofrida.
Causa-me revolta pagar tanto imposto sem qualquer retorno. Solidariedade tem limites! Para que se tenha uma idéia do tamanho de minha revolta, no ano passado paguei de Imposto de Renda o equivalente a um carro de luxo. E o carro que uso é totalmente financiado, pois não dispunha de condições para dar sequer uma entrada. Isso é justiça fiscal?
Por outro lado, no interior do estado, se você precisar de mão de obra não a encontra. E por quê? Porque os desprovidos da sorte estão se acomodando à esmola da famigerada "Bolsa Família". Ninguém mais quer trabalhar. Preferem ficar às expensas dos benefícios pagos pela previdência rural, ou seja, vivem na dependência dos pais e avós beneficiados por tais programas. Exceções! Claro que há, mas são poucos diante dessa multidão de miseráveis.
Enquanto isso, nós da classe média se quisermos proporcionar aos nossos filhos uma educação de melhor qualidade, temos que pagar por isso, e muito caro. Saúde Pública, nem pensar. Quem se atreveria aguardar um ano para fazer uma simples ultrassonografia? Consulta médica de urgência! Quem se atreveria ir a um hospital público de urgência e emergência? Aquilo é um inferno aqui na terra. Por isso, temos que pagar e muito caro para termos uma saúde melhor, uma educação melhor e uma falsa sensação de segurança. E por aí vai.
Pela sensibilidade social que tenho, até ficaria feliz se o imposto que pago fosse, de fato, empregado em melhores condições de vida para os mais pobres. Só que não vejo melhoras efetivas. Quando muito, vemos algumas ações pontuais que, na maioria das vezes, são usadas como verdades absolutas por políticos sem escrúpulos. De uma coisa tenho certeza: do jeito que está não dá para continuar. Daí o tamanho do desafio do próximo governo.
Tomara que as forças fisiologistas que se acercam do governo e corrupção reinante não suguem as forças vitais de nossa nação. Embora cético, torço para que tenhamos melhores dias.
Luis Gentil