Inveja Sadia
Ano-1999
Diante de tantas anormalidades e choques emocionais que sofremos no dia a dia,eu procuro nas crônicas literárias algum antídoto para reverter o mêdo que sem querer sentimos.
Sempre haverá alguém que por intermédio das palavras,nos mandam mensagens de consolo e nos incentivam a pensar com serenidade.O controle emocional é fácil, quando nada nos atinge diretamente.Caso contrário,somos obrigados a nos manisfestar com revolta e ressentimento, o desabafo!
Assim foi o grito sentido do crítico de música Julinho Bitencourt no jornal A Tribuna sobre a passagem do maestro Luis Arruda Paes.De tudo que ele escreveu ,muitas coisas com sentimento de revolta e indignação diante de tantas porcarias que vemos a mídia aplaudir e divulgar eu resolvi absorver para minha serenidade o relato que de certa forma me despertou inveja e que passo a transcrever nas linhas que se seguem:
''Nosso maestro Luis morreu como todos nós gostariamos de ir.Em paz .Escreveu arranjos até as tantas da madrugada e depois se aninhou nos braços da sua Toninha ,sua esposa e luz maior ,que o guiou durante toda vida.Ali deu o último suspiro.Morreu,enfim fazendo oque mais amava,nos braços de quem mais amou''.
Sem querer me veio no pensamento a figura do meu Toninho...
Infelismente não tive o privilégio de aninhá-lo nos meus braços quando se foi...
Ah meu Deus! que inveja...