AS ELEIÇÕES DE 2010

AS ELEIÇÕES DE 2010

Recebi um e-mail de uma amiga que está residindo em Portugal, no qual ela demonstra inquietude e até diz ter pena do nosso país, pela eleição da Dilma.

Francamente, não vejo assim o cenário nacional brasileiro. Concordo com ela que a Democracia tem em um de seus pilares maiores o respeito à Liberdade de Imprensa, o fortalecimento das Instituições Públicas, o aperfeiçoamentos da Saúde, da Educação, da Segurança, do Saneamento, da Infraestrutura, dos Serviços Públicos em geral, bem como o Combate à Corrupção, o exemplo da Ética e da Moralidade com o Dinheiro Público, sem esquecer a Alternância no Poder.

Concordo com todos os itens por ela explicitados em seu muito bem composto texto, fruto da sua inspiração e dos conhecimentos adquiridos por longos caminhos entre bancos escolares e leituras filosóficas, literárias e históricas.

Em minha humilde opinião, o Brasil é maior que qualquer governo e muito, muitíssimo maior que este ou aquele grupo que nos governe. A classe política também deve se aprimorar após a vigência da Lei Ficha Limpa. Políticos da estirpe de Jáder Barbalho, Joaquim Roriz, Paulo Maluf, entre outros, saindo da vida pública – já com idade um pouco avançada, provavelmente não se encorajem a novas candidaturas quando suas inelegibilidades findarem. E isso nos deixa esperançosos de uma assepsia que a renovação, com a criação de novas lideranças possam nos proporcionar.

Por outro lado, não devemos esquecer que as Ideologias que dominaram o século XX, tipo Direita e Esquerda, Fascismo, Nazismo, Socialismo, Marxismo, Leninismo, etc, não serão implantados mais. Ninguém acredita em soluções totalitárias. O Mundo respira Democracia, com exceções que vão guinando para um Socialismo Democrático. Com o avanço nas Comunicações esse passado tende a fazer parte de compêndios históricos. O Mundo está tomando um novo formato. Foi assim na Idade Média em relação ao Renascimento, foi assim na Independência dos Estados Unidos e a Guerra de Secessão, com a Revolução Francesa – “ègalitè, fraternitè e libertè” que balançou as estruturas monárquicas do Planeta e inspirou a implantação da Democracia - que deu na Grécia os seus primeiros passos, bem como na Roma de Cícero.

Enfim, acredito no Brasil e na capacidade de reação da nossa gente. Não é este ou aquele governo que faz uma Nação. A Nação é o povo, representado por todas as classes sociais, etnias e crenças. Daí porque, o Brasil prosseguirá em sua marcha inexorável rumo ao grande destino que nossas riquezas naturais o exigem e que a grandiosa Nação Brasileira, que chora ao som do Hino Nacional Brasileiro, nas Medalhas conquistadas pelos nossos atletas nas Olimpíadas, nas Copas do Mundo de Futebol e nas conquistas individuais dos nossos homens e mulheres, terá pela frente neste século XXI.

A política é um ingrediente importante no grande bolo de festas a que nosso país vem tendo acesso, e que nos fará ainda maiores, no concerto das Nações. Estaremos entre os países mais desenvolvidos deste Planeta. Basta que tenhamos diminuídas as desigualdades sociais, combatamos a pobreza absoluta, basta que controlemos a violência a níveis suportáveis, que nossa Educação, Saúde, Saneamento e infraestrutura estejam suficientemente moldadas. E aí, sim, cantaremos o nosso Hino Nacional Brasileiro, todos os dias das nossas vidas, com a emoção própria de um povo trabalhador e ordeiro, que ama a Pátria, que aceita de mãos abertas quem vem de outros países para dividir conosco o progresso e o espaço, em paz. O Brasil não quer guerrear. Não quer conquistar. Não quer subjugar nenhum povo. Queremos apenas que nos deixem seguir nosso desiderato em paz.

Está chegando a hora da sociedade brasileira pensar mais no controle da natalidade. Não podemos crescer demograficamente de forma a não podermos dar aos nossos irmãos o mínimo que eles merecem para viver bem. É uma questão polêmica, mas que deve ser convenientemente estudada, discutida. Como está não dá para pensarmos em futuro.

Por fim, desejo à senhora Dilma Rousseff que cumpra tudo aquilo que prometeu na campanha, nos palanques e através dos programas eleitorais. Não precisa inventar. É só seguir o que prometeu e com fé em Deus, alcançaremos dias melhores. Que Deus ilumine o caminho da nossa presidente.

Ricardo De Benedictis
Enviado por Ricardo De Benedictis em 02/11/2010
Código do texto: T2592229
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