Caminhos
Não sou do tipo que cria expectativas, sou muito impulsiva, vivo o dia sem pensar muito no amanhã, por isso as sensações tendem a ser muito fortes, e isso alinhado a minha transparência, abre as páginas do livro da minha vida expostas, para quem quiser ler.
Não que seja completamente inconsequente, tenho a cabeça no lugar e noções claras de certo e errado, mas sou muito intensa, vivo no limite, na tênue linha entre o mundo real e o mundo da fantasia, entre a verdade e a mentira, entre a razão e a emoção.
Essa linha é a que liga o nascimento da morte, como uma ponte cheia de altos e baixos e com inúmeras bifurcações, ligando o nascimento e a morte através do abismo. Caminhos que saem do mesmo lugar com o mesmo destino, onde cada um tem que traçar o sua rota, sua maneira de decifrar esse labirinto. De preferência encontrando um pouco de felicidade no caminho.
Nessa encruzilhada, vamos acumulando o peso de nossos problemas nas costas, dilemas que às vezes não são nossos para carregar, mas que ofuscam nossa visão dos verdadeiros objetivos da vida.
Não é porque todos os caminhos levam a morte, que a torna nosso objetivo. Não. Esse é meramente o destino final dessa fase do existir. Mas o ouro é definido conforme vamos caminhando, vamos descobrindo quem somos, e o caminho é definido pela nossa habilidade em aliviar o peso resolvendo os problemas que aparecem, em escolher o via certa.
Viver intensamente é uma escolha minha, fazer a coisa certa, muitas vezes me faz renascer, para passar pelas mesmas alegrias de outrora e para presenciar outras. Essa sou eu, esse é o meu estilo. E você? Já definiu o seu?