CASERNA

Levei um tempo longo na caserna que sempre deixa uma vontade de falar algo a respeito embora de forma comedida para não perder em leviandades que além de não dar a visão de entretenimento que adoro passar e nem a intenção de superar o personagem de uma historia que já aconteceu com exageros e vantagens tão comuns. Assim busco na verdade coisas corriqueiras e divertidas como a que lembrei agora quando servia no Gabinete Militar do Governador em algum tempo da vida militar, ocasião que aproveito para deixar aquele abraço aos amigos que lá ficaram caso algum deles venha a ler essa crônica especialmente se lembrar desse fato.

"Havia uma passagem para um mesanino com entrada pelo lado esquerdo de quem chegava até a garagem do Gabinete militar onde cançados de ver plantas mortas e matratadas alguém colocou uma bonita azaléia em fortes tons verdes contudo artificial. Condição perceptível aos olhos de poucos. Eu mesmo pensei que fosse natural e esqueci dela assim como tantos que por ela passavam se deixar de elogiar sua beleza em vaso que tinha uma terra vegetal que ajudava a camuflagem e a rotina seguia seu curso.

Num dia qualquer pela manhã sai da seção alardeado por um conhecido cabo enfurecido que dizia palavras feias e aos brados não conseguindo mais do que aumentar o hilário mico que passou de todos ali. Balançava com um cabo de vassouras nas mão e citando um colega a quem diria que não deixaria a coisa barato demonstrando muita raiva aumentando o humor da turma por lá. Aproximei de um grupinho que abafava risinhos abafados e soube que ele, tapeado como eu pela planta verdinha no vaso do começo do mesanino foi orientado por alguém brincalhão que o chefe do departamento ali gostava de ver aquela planta sempre regrada e brilhando com as bolinhas dagua. O que fez com boa vontade por vários dias. Até que naquele dia o capitão que não sabia da brincadeira, comentou com alguém que ele deveria passar no psicólogo porque a cabeça dele não andava bem, e mais: -Onde já se viu molhar planta artificial? Perguntou até quanto tempo de serviço ele não teria e se não seria o caso de umas férias Prêmio por desgaste e tiveram que chamar o chefe num canto para explicar que foi brincadeira de um sargento bastante comum nessas troças passando também o chefe para o lado da turma da zombaria que tinha somente o cabo de nervosinho com a coisa toda alias em tempo porque antes de achar engraçado o cabo foi cogitado até para ser transferido de setor.

Eu passava por ele as vezes e intimamante achava graça sem revelar a ninguém que apesar de nunca ter pego a mangueira para molhar aquela azaléia eu também poderia ter caído na brincadeira. Como alías esse pessoal sempre tem uma para pegar um desprevenido normalmente no momento mais inoportuno.

Pacomolina
Enviado por Pacomolina em 30/10/2010
Reeditado em 24/11/2014
Código do texto: T2586714
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