BOLSA CELULAR
Outro dia, um sábado, estava indo fazer um passeio desapressado, dirigindo vagarosa e tranquilamente meu carro, a Rua do Bairro super movimentada, com um tráfego intenso e lá na frente ia uma carroça, puxado, claro, à cavalo. Uma daquelas carrocinhas de catadores de papel, muito comum na minha cidade.
Tive que parar o carro, para alguns transeuntes, praticamente ao lado da carroça, quando percebi que era uma moça, nova, lá pelos seus 18 anos, mal trajada e descabelada, que a conduzia. De repente, não mais que de repente, a moça tira o telefone do bolso da calça, puxa as rédeas do cavalo, salta da carroça, disca, põe o telefone no ouvido e fica no maior papo. Uma perna apoiada no estribo da carroça, uma mão na cintura e a outra no telefone. E lá vai papo.
Aliviou o tráfego, segui em frente e pelo retrovisor fiquei ainda olhando a moça, a carroça, o cavalo e o celular. Não me segurei, encostei o carro e continuei olhando pelo retrovisor. Lá estava a moça, ainda, com o telefone no ouvido. Assim fiquei uns cinco minutos.
A carroça mal estacionada, o tráfego de veículos fazendo malabarismo, a carroça cheia de papelão e outros apetrechos, o cavalo calmamente parado e a moça no telefone. Ainda. Comecei a fazer uns cálculos. Já haviam transcorrido pelo menos uns 10 minutos. O custo da ligação local no celular, no pré-pago, não fica por menos de hum e cinqüenta. Se não mais. Dez minutos, a R$ 1,50, caramba!!!! Quinze reais. Imaginei o quando tinha de papelão na carrocinha, em peso. Supus o preço que ela venderia o kilo do papelão e fiquei meio estarrecido. Creio que todo o trabalho da manhã e com certeza havia começado no nascer do sol, iria naquele telefonema.
Desisti de ficar espionando a moça e segui em frente, mas o pensamento continuou calculando e a lógica da minha reflexão não fechava, não tinha nenhuma lógica essa coisa de telefone celular em todas as mãos, sendo usado quando precisa e quando não. Continuei pensando quanto a população gasta, inutilmente, desnecessariamente, irresponsavelmente, de telefone celular, por mês.
Quantas e quantas pessoas já gastam grande parte do seu ganho com telefonia celular. Fora as prestações atrasadas ou o cartão de crédito vencido e acumulando juros, da conta do último celular moderno comprado, em função das lindas propagandas assistidas na televisão, com imagens belas, soluções maravilhosas que o marketing cria para fomentar esse consumo descabido.
Pensando no assunto, o rádio do carro ligado, exatamente na propaganda eleitoral gratuita, foi quando pensei em enviar um email para os candidatos à presidêcia, sugerindo a inclusão em suas plataformas de governo, a criação da BOLSA CELULAR.
Outro dia, um sábado, estava indo fazer um passeio desapressado, dirigindo vagarosa e tranquilamente meu carro, a Rua do Bairro super movimentada, com um tráfego intenso e lá na frente ia uma carroça, puxado, claro, à cavalo. Uma daquelas carrocinhas de catadores de papel, muito comum na minha cidade.
Tive que parar o carro, para alguns transeuntes, praticamente ao lado da carroça, quando percebi que era uma moça, nova, lá pelos seus 18 anos, mal trajada e descabelada, que a conduzia. De repente, não mais que de repente, a moça tira o telefone do bolso da calça, puxa as rédeas do cavalo, salta da carroça, disca, põe o telefone no ouvido e fica no maior papo. Uma perna apoiada no estribo da carroça, uma mão na cintura e a outra no telefone. E lá vai papo.
Aliviou o tráfego, segui em frente e pelo retrovisor fiquei ainda olhando a moça, a carroça, o cavalo e o celular. Não me segurei, encostei o carro e continuei olhando pelo retrovisor. Lá estava a moça, ainda, com o telefone no ouvido. Assim fiquei uns cinco minutos.
A carroça mal estacionada, o tráfego de veículos fazendo malabarismo, a carroça cheia de papelão e outros apetrechos, o cavalo calmamente parado e a moça no telefone. Ainda. Comecei a fazer uns cálculos. Já haviam transcorrido pelo menos uns 10 minutos. O custo da ligação local no celular, no pré-pago, não fica por menos de hum e cinqüenta. Se não mais. Dez minutos, a R$ 1,50, caramba!!!! Quinze reais. Imaginei o quando tinha de papelão na carrocinha, em peso. Supus o preço que ela venderia o kilo do papelão e fiquei meio estarrecido. Creio que todo o trabalho da manhã e com certeza havia começado no nascer do sol, iria naquele telefonema.
Desisti de ficar espionando a moça e segui em frente, mas o pensamento continuou calculando e a lógica da minha reflexão não fechava, não tinha nenhuma lógica essa coisa de telefone celular em todas as mãos, sendo usado quando precisa e quando não. Continuei pensando quanto a população gasta, inutilmente, desnecessariamente, irresponsavelmente, de telefone celular, por mês.
Quantas e quantas pessoas já gastam grande parte do seu ganho com telefonia celular. Fora as prestações atrasadas ou o cartão de crédito vencido e acumulando juros, da conta do último celular moderno comprado, em função das lindas propagandas assistidas na televisão, com imagens belas, soluções maravilhosas que o marketing cria para fomentar esse consumo descabido.
Pensando no assunto, o rádio do carro ligado, exatamente na propaganda eleitoral gratuita, foi quando pensei em enviar um email para os candidatos à presidêcia, sugerindo a inclusão em suas plataformas de governo, a criação da BOLSA CELULAR.