Que tipo de amor é esse que me aquece, mas depois me deixa padecer?
Que me impressiona, mas depois se afasta?
Que me alegra, mas depois some?
Que tipo de amor é esse que me encanta com palavras nunca antes mencionadas, depois se perde em incontáveis clichês?
Que me entorpece, mas não tem coragem de embebedar?
Que deixa o corpo em brasa, mas não se atreve a tocar?
Que tipo de amor é esse que se esconde nas sombras?
Que se arrisca em olhar, mas tem medo de estar presente?
Que se perde no pragmatismo e deixa passar grandes oportunidades?
Que tipo de amor é esse?
Esse é o amor que espera o tempo certo, pois sabe que no tempo errado não daríamos certo, estragaríamos o sentimento.
É o amor que não se perde em promessas, nem se ilude com expectativas, ele anda em terreno firme e a todo o tempo está com os dois pés no chão.
Esse é o amor que não se afoba, nem teme ser extinto. Pois por si só, sabe que é forte, sabe que agüenta a espera, a angústia...
É o amor que é sensato, que pensa no outro. Que teme pelo coração do outro.
Esse é o amor que ama sem gritar pros quatro cantos. Ele ama baixinho, só entre ele e o coração. Pra não se enganar, pra não se machucar, pra não se precipitar.
É um amor maduro, que não é menos que os outros, só mais angustiante.
Não sei quem escreveu e definiu o texto, mas achei
que precisava colocá-lo aqui. Perfeito. Parabens ao autor.