DOIS PRA LÁ, DOIS PRA CÁ
 


 
Começamos a conversar por acaso, numa festa. Nunca tínhamos nos visto. Ela conhecia pouca gente ali. Falou da filha, do marido, do trabalho dela e finalmente comentamos sobre o clima. Disse que apesar de morar aqui há tanto tempo, ainda não tinha se acostumado a essas variações de calor e frio tão frequentes. Seria carioca? O sotaque não denunciava... Nordestina?... Tampouco parecia. Curiosa, acabei perguntando de onde era. Da Argentina, foi a resposta em português perfeito. Surpresa, eu quis saber como é que tinha vindo parar logo aqui, imaginando, naturalmente, uma transferência de trabalho do marido...
 

Obra do destino, ela prosseguiu. Um dia meu irmão foi com amigos passar férias em Ubatuba. Conheceu uma moça taubateana, se apaixonou. Namoraram e marcaram o casamento. A família toda veio para a cerimônia, inclusive eu, é claro. Na festa, conheci um rapaz. Me apaixonei. Namoramos e marcamos o casamento, em Buenos Aires. Depois, nós viemos morar aqui, meu irmão e a cunhada foram para lá. O mais engraçado é que pouco nos vemos. Quando vamos à Argentina passar o Natal com meus pais, eles vêm para Taubaté...






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