O AMOR NECESSITA DE PROVAS???



O Amor necessita de provas?
 
Minha resposta inicial é não. O Amor não precisa de provas. O Amor por si só é a prova maior de uma decisão interna e pessoal de amar. Escolhi, por decisão, amar quem quer que seja e o que quer que seja. Mais humanamente, decidi viver imerso em amor, e de construir uma vida dentro de aspectos mentais onde o amor seja o ambiente espaçotemporal de nosso existir.
 
Acredito que esta resposta seja reflexo direto do como interpreto o AMOR. Interpreto o amor, não como um sentimento transcendental, ou algum atributo ou princípio natural e quase que inevitável à vida. Vejo o Amor, da mesma forma que vejo tudo o que sentimos, somos, ou vivenciamos. Vejo o amor como o reflexo de algum estado neuronal, de complexa interpretação, porém imanente, real, físico, material e natural a mente e ao complexo cérebro/hormônios, que fornece estrutura subjacente para nosso ser.
 
Desta forma, entendo o AMOR como um estado pessoal, interno, e por isso solitário. Ele depende única e exclusivamente do como o construímos e do como nos colocamos frente à decisão ou não de amar.
 
O amor pode até ser bidirecional (e é mais prazeroso quando o é), mas basta-nos a direção ao próximo.
 
Amo por escolha. Se não me amam, nada posso fazer, a menos de mais amor buscar implementar em mim, e de mim, e quem sabe assim, abrir uma fresta na mente dos outros e deixar que estes acabem assim me amando também.
 
Amo por que quero, por que decidi, por que me é importante amar, e não como troca, como parceria. Amo na força do meu querer, e na pureza do que me for possível amar. 

 
Longe de crer, ser esta posição completa ou perfeita, posto que sendo mutáveis, estamos sempre nos renovando e alterando nossas posições, espero ter podido apenas expressar meu pensamento atual sobre uma questão colocada por um amigo. Apesar de acreditar que o amor não necessita de provas, me reservo o direito de crer que existam, por outro lado, provas de amor. 

Arlindo Tavares
Enviado por Arlindo Tavares em 27/10/2010
Reeditado em 27/10/2010
Código do texto: T2580747
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