Seriam bruxas
A magia existe desde que o mundo foi criado, a palavra
bruxa veio do grego “brouxos” que significa larva de bor –
boleta, estes seres dispostos à metamorfose e a uma trans –
formação, afinal de contas somos parecidos com as borbo-
letas, pois vivemos em constantes transformações durante
nossa vida. Então temos um pouco de borboleta e porque
não um pouco de bruxa também.
Deram o nome de bruxas ou bruxos àquelas pessoas, num
distante passado, homens e mulheres diferentes, que não se-
guiam os padrões normais estabelecidos, pessoas esquisitas,
com estilos diferentes, pessoas preocupadas em mudar, em
fazer transformações, elas foram cruelmente torturadas. Essa
tortura na qual passavam, vem a ser parecida com as tortu –
ras que os serviços secretos usam hoje; tortura que os trafi-
cantes através das drogas impõem aos nossos jovens; tortu-
ras que muitos pais e outras pessoas fazem com as crianças;
torturas que fizeram com os judeus; torturas com os menores
abandonados; torturas que os homens fazem com as mulheres;
tortura de abuso sexual; torturas psicológicas. Será que todas
essas pessoas torturadas serão bruxas também.
E Joana D’Arc, a “Donzela de Órleans”, que conduziu à
vitória aos exércitos da França, para mim ela foi uma heroína,
valente, mulher diferente dos padrões normais, pois ela foi
queimada na fogueira, diziam que ela era uma bruxa. Isso ain-
da acontece até hoje, só que de uma maneira diferente, através
do preconceito.
Homossexuais, prostitutas, pessoas deficientes, mulheres di-
ferentes, mulheres com pensamentos avançados, anos atrás se-
riam queimados na fogueira, na verdade muitos foram e hoje a
fogueira chama-se “preconceito”, palavra que não deveria exis-
tir em nossas vidas, podia ser abolida do dicionário.
Magias, fervuras em caldeirões, velas acesas, infusão de chás,
mistura de ervas e cascas de árvores,, supertições, plantas mági-
cas, rituais, encantamentos e palavras soltas ao vento. Que tanto
mal as bruxas iriam fazer com isso. Na minha opinião, deveria
haver a inquisição e as torturas para assassinos, estrupadores,
pessoas violentas, que o governo alimenta e trata bem nos pré-
sídios.