Guerra entre Amor e Desejo

Compartilharei um pouco de uma história real. Lêem com atenção se gostam de história de amor e desejo. Veja esta história um pouco deturpada da verdade para que eu não venha me entregar e ser colocado nos livros dos hereges do amor sincero e perfeito-sem traição. Mais contarei aos meus nobres amigos leitores como quase quebrei a tão inquebrantável corrente do amor sem traição. Ao menos tenho algo a contar, e creio que isso espantará a muitos, pois coisas do amor fazem isso.

Chamo e choro e ainda não entendo a dor verdejante em mim que causa mera distância a uma ilusão de um amor calejado. Cujo amor nos trás dores contundentes em corpos que se amam de verdade. Somente sei que ainda vivo por causa do tão profundo amor de minha pureza, trazido pelo amor da mocidade, por causa dele me fizeram acordar do canto da sereia negra que versejava cantos de amor para me enfeitiçar.

Tudo ocorreu em um momento de minha vida, em que o meu corpo amava, minha mente saudava a mulher de minha infância, na verdade apesar de já contarmos com décadas de traços de amor, estávamos num prelúdio de amor, cujo sabor emanava do nosso interno coração sadio e verdadeiro.

“Tudo começou num final de tarde de uma sexta-feira, num belo final de mês. No melhor momento de amor de minha vida, momentos em que tanto eu como a tão amada mulher que há muito anos já trocávamos beijos, atenção, vivendo em consonância- um lindo amor, além do mais, num momento tão atraente em que nossos corpos rapidamente se transbordavam de desejo, desejo que era saciado quando nos uníamos, noite e dia, momentos em que nenhum de nós dois imaginávamos que algo ou alguém poderia conturbar o romance tão inescrutável e invejado.

Eu estava do lado de um amigo de trabalho quando recebi uma mensagem no celular que dizia: “você, é cheio de significados, deseja me devorar? Não demore, pois aqui estou pronta para fazer do meu tempo para interpretar seus enigmas”. Isso foi tão confuso e escuro pra mim, “deseja me devorar? Não demore!”. Olhei para o número do telefone, apesar de ter tentado esconder do amigo ao lado, foi em vão, ficamos assustados, pois se tratava de uma colega de trabalho que então fora escalada para trabalharmos juntos a fim de concluirmos uns trabalhos durante seis meses, nesse ínterim já estávamos com dois meses de trabalho.

Daí minha mente ficou inusitada naquele momento, não pensava, ficou inerte. Fiquei assombrado com a atitude daquela sereia negra, que de certa forma deixou meu coração como uma simples planta malicia, frágil e sensível a ela.

O Final de semana então passou, a tão temida segunda-feira chegou e o que eu faria? Como me comportaria diante dela? Mesmo por ser um homem saberia me esquivar das investidas que sugeria daquele momento em diante?

Ela entrou como de costumes, seus cabelos longos e negros amarrados, vestindo calça, pois sempre trabalhou assim, nunca, nunca mesmo a vir de saia ou outra roupa parecida. Ao passo que andava em sua volta, sentia seus olhos me vigiarem nos quatros cantos da sala, era inevitável perceber que de fato ela me deseja muito.

Não podia subestimá-la, eis que era uma mulher de pele clara, cabelos negros compridos e de face bela, por onde passava causava silêncio em muitos homens, mais ela ficava na sua, não dava bola a ninguém era uma mulher reservada, mais o que eu percebia dela é que ela gostava de ser observada pelos homens, uma linda jovem de 24 anos.

Aquela segunda-feira foi tão longa como a eternidade, mais tenho que admitir que também era há muito desejada, não queria que acabasse, pois nunca tinha sido observado e desejado por uma mulher daquela forma.

No final de toda tarde, ela recebia ligações do marido, doravante comecei a perceber que ela dizia que ainda não iria sair, mesmo já estando na hora, apenas ficava na internet lendo poesias.

Ela começou a se aproximar mais, quando conversarmos sobre assuntos do trabalho via que ela deixava sua boca bem à mostra, santo Deus! Ela começou sempre a está com brilho labial, àquela boca ficou em minha mente tão brilhante como o sol se pondo num final de tarde, impossível de não se ver.

Verdade que ainda mantinha força para não sabotar o belo amor que tinha à minha amada, que naquele momento estava em casa ao meu aguardo. Enquanto esta Sereia Negra tinha o cabelo negro e brilhante com cheiro de rena, e, a amada cabelo louro com cheiro de DOVE, uma grande e incomodante inversão, mais ambas belas.

A mulher a quem chamo de sereia negra com seus cabelos com cheiro de rena me atraia com o seu brilho labial, olhar penetrante e apaixonado, louco por amor e insaciável amor, como se não bastasse durante os avanças ela trocou de ardis para ser mais fatal. Quando notei, andei me perguntando que golpes ela daria? E como me furtaria de suas ramagens frontais contidas em sua roupa, que tanto os meus olhos flertavam.

Comecei a ignorá-la, mais isso foi a pior coisa que já fiz. Ao passo que assim o fazia, ela ao receber ligações do marido passava a desligar ou tratá-lo mal. Há! Ele era meu amigo, meu antigo professor, nunca poderia fazer tal mal, será que não? O tempo é que diria.

Mesmo que o poder do amor e o poder da amizade interviessem na minha mente, a maneira que ela me hipnotizava era mais forte e o meu coração era dominado e minha mente presa.

Passei então a dar a atenção, meu coração por dentro chorava de medo, pavor e contristado, pois reconhecia que estava preste a trair a pessoa que amava em lonjuras de vida. Primeiro ela começou a fazer ligações, pedindo que escrevesse poesias dedicadas a ela, é que fosse ao menos romântico com ela em poesia, pois amava poesia e queria que eu a lesse com meus olhos e pensamentos, passando então passasse para um mero papel como eu a via.

Nos fins de tarde era contumaz vê-la na internet lendo poesias. Apesar de ter dito que não poderia descrevê-la em minhas poesias, eis que poderíamos sofrer e machucar amigos e pessoas que amávamos, sendo melhor parar antes de começar algo que nos levaríamos às profundas da dor e decepção.

Ela me retaliava com uns estrondos não. Apesar de não lhe dizer sim, no entanto, o meu “não” era com um canto da boca sorrindo, e um olho brilhando de desejo por ela, um desejo que ainda não tinha sentido por qualquer que seja a mulher, na verdade via que era o mesmo desejo que sentir no início da minha primeira paixão.

O que aconteceu? Rendi-me a ela, comecei a redigir poesias românticas com a intenção de apenas alimentá-la com elas, mais ao passo que minhas poesias supérfluas a ela escrita eram lidas, meu coração passava a escrever de forma mais apaixonante, dando vida e eloqüência às próximas poesias. Que erro! Gritava no íntimo. Mais os desejos de nós tomavam conta.

Cada momento de nosso dia passamos a sair mais do ambiente de trabalho só para nos cruzar na porta, simples desculpas para nos cruzar e sentir o calor que abrasava nossos corpos cheios de desejos, tão fortes que eram, que estávamos pronto a se desfazer de nossos despojos.

Aquilo era maravilhoso! Meus dedos tocavam em suas mãos, ao passo que ela tentava segurar minha mão, mais eu hesitava não por não querer, apenas era cauteloso, estava satisfeito apenas com nossos flertares, jamais queria que isso parasse. Eu a queria, mais ainda assim tinha forças para não criar oportunidades deixando nosso alento criar mais força e terminar por driblar nossos cônjuges, apenas queria ficar naquela brincadeira de amor. Mais vir que não dava.

As sextas-feiras eram tão desejadas, dia que conseguíamos conversar mais sobre nós. Lembro do cheiro profundo em que dei em sua cabeça discretamente, vir seus olhos se fecharem de desejo, passando levemente suas mãos macias e picantes em meus peitos, mais ela me disse silenciosamente:

- não faças isso comigo!-clamando. Minh’alma clama de desejo por te, dia e noite! Não posso fechar os olhos, pois vejo você, como se não bastasse quando falo com meu marido digo teu nome, estas me matando de mais desejo por te, teus braços, tua boca, teu andar e teu olhar me penetram como espada de dois gumes, rasgando meu pensar e dominando meu corpo- travando dentro de mim uma luta entre o não querer e o quere-te muito.

Naquele dia quase que íamos aos beijos, aquela doce boca a desejei sadicamente, queria mordê-la e sua língua tê-la dentro da minha boca. Isso abriu mais desejos de tê-la, passei então a virar noites e manhãs a escrever poesias a ela, toda manhã entregava-lhe uma poesia. E ela respondia com outra descrevendo sua vontade, seu desejo por mim, criando em mim um nervosismo similar a transa da primeira vez. Nervosismo que crescia ao passo que os dias se iam.

Numa certa noite quando estava no limiar do amor com minha esposa, no derreter de nossos corpos, no pingar e no bater de meu suor em seus seios arrepiados pelas pontas de meus dedos, o telefone vibrou, mas o desliguei imediatamente- puro medo de quem seria.

Na manhã seguinte olhei e era uma mensagem que dizia: “onde estás? Aqui estou numa cama vazia, sendo manchado por um corpo que para mim está em estado de putrefação- impuro. Mais ainda assim o meu está com lufadas, querendo o seu”, meu Deus que mensagem, o número de quem era? Era dela. Vir que estava me metendo num romance triplo, e que poderia terminar em cima de um muro, sem poder pular para nenhum dos lados.

Mais nada fiz. Dias de trabalhos, dias de aquecimento pata meus desejos. As noites chegavam e se esticavam com o som do celular vibrando, eram apenas toques curtos, como que dizendo: “não ames a mulher que está ao seu lado, pois não deixarei que isso aconteça!”.

Mesmo por ser persistente no meu calar e no meu desenrolar tão perfeito ao fugir de seus grilhões, isso não foi o suficiente. Quando menos esperava ela de mim se aproximava, dizendo: “eu te quero, não fuja!”.

Passamos então a ter vontade doentia de nos comunicarmos durante o expediente de trabalho mesmo com a presença dos colegas.

Ela passou a colocar bilhetinhos na minha mão, alguns diziam assim: “quando deixarás que lhe tenha?”; “quero você hoje, meu marido só irá chegar às onze da noite”; “como me deseja? e “farei qualquer coisa para ter você, me entrego de qualquer jeito, como quiseres, apenas me ame”.

Por demais que isso me enchesse de masculinidade, vir que precisaria fugir enquanto ainda tinha tempo. Então numa sexta-feira, sempre numa sexta-feira, entreguei-lhe uma poesia que em parte dizia: “coroaste-me teu rei, mais ainda teu não sou, ceifo o amor que arde dentro de mim, trancando-o num calabouço, mesmo que ainda verdeja, pois de logo vejo o a ti farei, apenas sofrer, rogo-te de peito no chão, deixe-me sem ver o teu coração, chorando neste mundo sem razão, diga-me adeus, prefiro apenas uma deusa, intocável”.

Graças, isto foi o fim!.

Nem pensar nisso! Apenas foi o começo de um romance quente.

Depois de ter escrito a poesia de despedida, ela disse a mim que não queria que acabasse assim, queria-me muito. De repente vir dentro de seus olhos um olhar meigo de uma linda mulher, terminei por dizer que também a queria muito, e então disse: e o que faremos então? Você é vigiada 24 horas por seu marido e no meu caso sou muito conhecido em nossa cidade e nas demais cidades vizinhas, e sabem que sou casado, além do mais sabem que nunca andei com mulher nenhuma por ai, sabem que não posso, mesmo sendo uma amiga, desconfiarão e saberão a verdade!

Por isso continuamos com nosso romance por bilhetes, mas com o tempo cansamos, queríamos mais, era o lógico, não mais dava para ficarmos brincando de casinha como se fossemos crianças.

De modo que reconhecíamos que era difícil burlarmos os chacais em nossa volta, então continuamos apenas com os bilhetes e acrescentamos conversas pelo telefone.

Criamos códigos em toques para sabermos se se tratava mesmo um do outro, por exemplo: quando eu estivesse à só dar-lhe-ia um toque e desligava, ela ligaria de volta, eu desligava e ligava a cobrar, se ela não aceitasse, eu ligaria de volta e assim ela faria o mesmo quando quisesse falar comigo, sendo que o ultimo a retornar a ligação seria sempre eu o contrário seria um intruso. E deu mesmo certo, passamos um bom tempo assim.

De certo modo as ligações era a fonte de encanto e saciava o nosso desejo. O problema era que o desejo crescia tanto e estava nos domando. As ligações foram tendo mais significados, ficaram fortes, fazendo com que sentíssemos mais naquele romance emocional. Ainda não tínhamos sequer nos tocado, como se conseguíssemos fazer de nossas ligações uma presença corporal.

Chegamos um dia a marcar um encontro.

A pegaria na sua Faculdade numa terça-feira antes do término da aula, em seguida ela retornaria a tempo antes do esposo chegar. Para o nosso desgosto não deu certo, não houve aula naquela maldita faculdade, ou diria abençoada.

Parece que tudo e todos estavam contra nós. Passei a arder em profundo desejo naquela noite que ardia, ferindo minh’alma, pois ardia a mera impaciência visto que queria tanto passar alguns minutos com ela. Que decepção foi àquela noite. Dormi com o corpo queimando de desejo ligado a uma mente com a simples imagem de uma mulher que tanto me queria, mas que era tão difícil burlar aqueles que sem querer nos cercavam.

No outro dia no local de trabalho através de bilhetes começamos a conversar. Dai passei a dizer:

-Você deveria está muito linda ontem à noite

- Há quanto tempo vamos levar nosso amor dessa maneira, já faz mais dois meses que estamos vivendo assim, apenas acrescentando mais desejo ao desejo, virando bola de neve. Eu te quero! Faça alguma coisa! Disse ela.

Escrevi um papel perguntando quando ela ficaria fora do radar do esposo. Ela se levantou foi até o calendário e marcou com pincel os dias 13 a 18 de setembro e estávamos em meados do mês de agosto. Ela viajaria sozinha para São Paulo visitar uma irmã.

Passei a planejar o local do tão sonhado encontro e para onde iríamos. Ela ficou de entrar em contato com a irmã, pedindo-a que fosse conivente com ela. Yes! Ela aceitou. Tudo certo! Bastava agora sermos mais pacientes do que antes.

E assim continuamos as conversas por telefone esperando aquela tão esperada data.

Todas as terças e sextas-feiras eu saia de casa depois das oito da noite, na verdade inventava algo para comprar, pois era do meu costume sair depois que chegava do serviço, acreditava que minha esposa iria desconfiar.

Quando seu marido não estava em casa era a ora de ligar então eu saia de casa, colocava o fone de ouvido e ficava rondando próximo de sua casa conversando com aquela linda Sereia Negra, isso para não dar mancadas.

Que noite! Aliás, foi às melhores e sexys conversas que tivemos durante o tão perigoso e belo romance. Há! Todas as terças e sextas-feiras, era certo. Chegamos a fazer amor por telefone, há! Aventuras que ainda não tinha vivido.

Lembro-me de todas as ligações, elas duravam mais de duas horas, sempre tínhamos o que conversar. Era como se tivéssemos mesmo juntos.

Lembro de uma noite em que passei em frente de sua casa conversando no celular, e então perguntei a ela o que ela mais queria naquele momento, ela disse:

- Eu quero você, mais do que a mim mesmo.

- mais como poderá me ter?

-você está cercada mais do que eu

- queria pelos menos ver-te agora para mim seria a melhor coisa que aconteceria nesta noite.

- como está vestida agora?

- estou num vestido vermelho bem curtinho

Isso me deu uma empolgação e desejo além do normal por ela.

Então meditei: “tenho que fazer qualquer coisa, preciso amá-la.

Continuei então minha conversa com ela.

E disse- quer mesmo me ver, então venha na porta.

-O que?! Disse ela.

- como na porta?

- estou aqui na frente de sua casa.

- Não, não acredito, por que! Amo-te.

Ela então veio à porta, empurrando aquele portão cinza. Estava linda, perfeita com o vestido vermelho e curto.

“A quero agora mesmo!”, disse silenciosamente com o fone de ouvido ligado, tinha esquecido que estava falando com ela por telefone, sua beleza tinha me deixado vagando.

Além daquele vestido que nunca me fugiu da mente, o seu cabelo que nunca o tinha visto solto, o vir solto. Era bem cumprido, combinando com as franjas que debruçavam sobre suas sobrancelhas, mais não pode me aproximar muito, os vizinhos ficaram olhando, apenas fingir que estava apenas procurando um endereço, não sei se colou.

Em seguida disse a ela:

- tenho que ir meu amor, seu marido deve está chegando, ele não pode cruzar comigo na saída da rua.

Resolvi descer um morro, mais ainda de telefone ligado, de repente a ouvi dizer:

- me amor, por ai. É perigoso.

Então foi pelo outro lado, passando em frente àquela bela mulher, sem querer deixá-la para trás, essa dor doeu mais forte, ter quer ir, não podia acreditar no que estava fazendo.

Loucuras de amor ainda estavam por vir. Amei! E aquele amor queria agora mais duque qualquer outra coisa, abandonaria o mor e sua riqueza para com ela viver em pleno deserto, longe das usanças do mundo que então nos separava.

A imagem daquela mulher ficou marcada naquela noite, não saia de minha mente. Não mais poderia amar outra mulher, não poderia deixar que outra me tocasse, mesmo que ainda tivesse a obrigação de dar amor à outra, mais não, isso não o faria mais. Estava disposto em aguardar um momento em que nos deliciaríamos em nossa melodia de amor, deixando nossos corpos dançarem numa única melodia, a satisfação de ter a quem se mais queria.

Depois da noite visionária, pois o que me adiantou ver e não poder tocar? Nada, nada mesmo. Não conseguia ao menos escrever uma frase poética, a cabeça apenas estava com sua imagem. Na segunda-feira depois daquela noite fiquei sem saber o que fazer, sem poesia- sem palavras para alimentar o seu amor.

Mais não era a minha vez, era a dela. Então, de repente na porta daquela sala, ela entra! Meu coração afagou a minha mente, dizendo calma! É real!

Nossa! Ela veio com o mesmo vestido daquela noite, transbordei de ânimo para amá-la. Meus olhos não podiam vê-la passar, pois havia mais gente na sala e todos ficaram abismados, por quase dois anos de trabalho ela nunca havia vindo vestida daquela forma-atraente e sedutora, ufa! Ela estava irresistível.

Vir nos olhos dos colegas, olhares desconfiados e como eu tinha ficado inerte, sendo o único a não olhar e nem mesmo dizer nada a ela. Foi motivo de suspeita, foi o que achei.

Como sempre tivemos que ficar de frente a frente para podermos trabalhar. Mais achava que não iria agüentar. Então resolvi subir e pedi que depois ela subisse para então levar uns documentos para o chefe assinar.

Pensei! Há ficarei na ante-sala esperando-a. Na hora que ela chegar a chamarei para a outra sala. Esperei!

Eu já estava louco e enfeitiçado, atado por aquela sereia.

E assim ela o fez, subiu aquelas escadas e eu em cima olhando o seu subir charmoso e envolvente, e muitos a olharem e balançar a cabeça positivamente. Mais eu no meu íntimo dizia: É minha! Ela entrou na sala e entregou os documentos, sai rapidamente esperando-a. Quando ela passou por mim agarrei sua mão, e ofegando senti seu coração bater.

Pude observar o seu corpo, suas pernas brancas, pude ainda observar como suas coxas eram perfeitas.

Mais quando me direcionei para dar-lhe um beijo, nesse momento único ela parou colocando o dedo em minha boca, dizendo:

- Estamos loucos! Perdendo razão, te amo mais não quero prejudicá-lo.

- Estamos sem razão, mais agimos agora pelo coração. Mais a quero!

-Sim eu também, estou pronta a ser sua.

-Mais como podemos nos encontrar sem que ninguém nos veja?

-Meu amor, parece que dentro de mim existe uma cadeia que prende meu coração a ti, espero todo o tempo.

Saímos desconfiados da sala, voltamos a trabalhar, nossos contados físicos iam crescendo.

O trabalho para nós virou método para nos acariciar, driblando cerca de três colegas na sala.

A noite daquele dia chegou, seria uma noite marcante.

Liguei para ela, nessa noite parei nos fundos de sua casa e começamos a conversar. Ao passo que ela dizia que eu era um homem diferente, por isso que tanto me desejava. Disse que não agüentava mais. Sonhava com ela a todos os momentos e tinha medo que durante os sonhos viesse clamar seu nome. Minha esposa a conhecia e isso seria fatal. Ela chegou a dizer que nas conversas com o marido tinha trocado o nome dele pelo meu.

Durante esta conversa vimos o quão estávamos apaixonados e atraídos sexualmente um pelo outro, e iria continuar se tão logo viéssemos a conjugar nossos corpos num só, sentir o queimar de nossas bocas juntas e o derreter de nossas línguas dançando com o suor derretido escorregando por nossos corpos nus.

Aquela conversa continuou e passamos a ter conversas íntimas. Todas às vezes eu lhe perguntava como estava vestida. Para minha surpresa, desta feita ela estava de camisola vermelha.

Indaguei:

- Como você está?

-Estou louca por você!

-Espere mais um pouco, tudo vai dar certo. O que veste nesse momento?

-Uma camisola vermelha, quase transparente, há tempo não há uso, voltei a usar para sentir o som da sua voz, viajando na minha mente pensando em você, como seria teus beijos, teus abraços, teu calor, o massagear de tuas mãos no meu corpo nu e quente.

Pensei: “Isto está indo longe demais!”.

Naquela rua solitária, atrás de muros estava a pessoa que tanto queria sofrer demais.

Então resolvi passar em frente, precisava vê-la.

- Posso ir ai?

-Não!!!. Respondeu assustadamente.

-Por favor, só abra um pouquinho o portão, não precisa sair.

- Tudo bem, mais ele ta pra chegar

Passando em frente, olhei para dentro e vir, nossa!

Vir que estava me matando, um verdadeiro masoquista.

Mais tenho que admitir aquelas palavras no meu ouvido me empolgou, fiquei louco. Na verdade despertou em mim uma saga mental por ela.

No outro dia, disse a ela: “Como pode! Duas pessoas que estavam se amando, mais estavam separados pelo medo, pela aparência, pelo medo do falatório”.

Na verdade eu era um covarde, tinha medo, ela por sua vez, queria muito o encontro. Faria qualquer coisa por uma noite comigo, mas eu fugia cautelosamente. No meu íntimo, apesar de desejá-la muito, não queria um encontro. Queria apenas ficar naquela fantasia. Não queria ser outra vez objeto de traição. Queria ter mesmo certeza se o que ela queria era amor ou simplesmente sexo.

Tinha medo de ser o último (sexo), pois achava que ela sabia que antes eu saia com mulheres para dar-lhes satisfação sexual por uma paga. Não, não queria isso de novo.

Há! Mais as noites vinham. E em meu leito, ainda não maculado, dormia uma mulher que sei que no fundo já desconfiava. Quando um homem se envolve com outra mulher não tem como esconder, isso se ele sentir algo pela outra, quando não se é apenas desejo sexual, este último, o homem consegue esconder, pois seu comportamento não muda, a não ser quando não senti mais de maneira alguma nenhum sentimento pela esposa, eu ainda sentia.

Mais como conseguiria manter imaculado o leito conjugal?

Não sei, só sei que embora pensasse nada me adiantava.

Apenas sabia que o outro dia estava chegando.

Como tudo mundo, eu tinha um amigo a quem poderia confidenciar o que estava acontecendo. Contei-lhe tudo. Eu queria ao contrário de muitos, ouvir o que eu não queria ouvir. E sabe o que ele me disse, disse ele:

- Puxa! Cara ela é uma gata. Se fosse eu não deixava escapar. Não acredito! Você está nesse romance mental nesse tempo todinho e nunca comeu a gata. Essa sorte eu não tenho!

-Amigo, não é assim, tão simples. Ela é casada assim como eu.

-Ninguém precisa saber

-Mas tenho medo! Gritei no intimo.

-Nada rapaz. Pegue meu carro, sai com ele em vez do seu. Marque com ela. E quando for sair, passe lá em casa, e trocamos de carro. Você tem duas cidades que pode passar quatro horas com ela, sem ninguém desconfiar. Não se preocupe! Ninguém vai saber.

- Tudo bem! Vou pensar.

-Estou aqui pra lhe ajudar meu amigo. Só quero sua felicidade.

Felicidade! Será que essa era mesmo a felicidade, ou será que isso traria infelicidade para mim, para elas e para amigos que tanto prezava a tão conduta ilibada que tinha e ferir o amor de há muito? Que era certo? Apenas ficava ainda mais confuso.

De alguma forma, sei que sofreria e faria alguém sofrer. Precisava então decidir. Assim pensei em deixar aquela tão impressionante e tão bela mulher. O tempo passou então e não mais lhe dava poesias, recadinhos, nem mesmo olhares.

Lembro de uma vez que ela disse a mim, que não aquentava o meu olhar sedutor e penetrante. O coração de fato é traiçoeiro e está desesperado. Durante um mês conseguir me conter, mesmo quando ela insistia em conversas que não tinha nada a ver com o trabalho, me mantive sério. No entanto, o coração estava sendo perfurado por dentro, sangrava de intensa paixão e desejo ardente por ele.

Minha única opção era viajar, passar um tempo de férias para ver se a paixonite acabava. Meu chefe me autorizou uma semana de férias, maravilhoso. Sabem como é: Estava confuso se queria ou não aquela mulher.

Sair de férias me deixou com o coração triste e ao mesmo tempo contente comigo, pois estava fugindo de algo que poderia prejudicar minha relação com a tão amada esposa. Apenas estava confuso.

Assim viajei para uma cidade vizinha, seria uma lua-de-mel perfeita. Foi de fato um encanto eu e minha esposa, aproveitando aquela semana como nunca.

De acordo com o tempo que passava com minha esposa, tentava esquecer àquela bela e atraente sereia, e, passei a observar mais a minha amada, fincava parado olhando para seu rostinho pequeno, macio, com aquela pele branca tão limpa, sua boca vermelha sem batom, quando sorria seu sinal de beleza enfeitava seu rosto, deixando-o mais belo, realmente prendi meus pensamentos a ela. Quando fazíamos amor, olhando atentamente a curvatura de seu corpo, aqueles sinais perfeito que só mulher tem nas costas acima das nádegas.

Olhamos ainda nossas fotos de quando começamos a namorar, foi muito divertido e romântico. Quando me lembrava do que estava sentido por outra mulher ficava muito triste no meu íntimo, pois sabia que amava mesmo era minha esposa. Mais também não deixava de negar que a atração sexual por aquela sereia negra estava me domando.

Quando retornamos no terceiro dia da praia para o nosso apartamento vir algo que não pude acreditar e que acabaria com o restante da semana. Em outro bloco do condomínio vir o carro do esposo da bela sereia: “não, não! Ela não pode está aqui”.

Mais sim ela estava ali, apenas não entendi como ela descobriu e porque estava fazendo aquilo, ela iria passar o final de semana ali também. O pior de tudo ela escolheu um apartamento de frente para o nosso. Seria o pior final de semana da minha vida, ao menos mentalmente, seria massacrado por ela, apesar de minha relutância, nada, nada mesmo a faria desistir.

Sempre gostei de acordar cedo da manhã e ver as estrelas sumindo aos poucos ao tempo que os cantos dos pássaros clamavam ao sol. Como se o sol só aparece com os chamado dos pássaros, aproveitava para fazer minhas poesias. Parei a mente para pensar naquela semana com minha amada mulher e fazer uma linda poesia a ela. Sim comecei a fazer “Chamando-o de beleza celeste”, referindo a minha amada mulher, mais quando estava terminando o sol escondeu-se de mim, aliás meus olhos não mais conseguia observar nada mais além do que um o corpo nu se movendo de um lado para o outro com seus cabelos negros e compridos.

De repente ela olhou para mim e conseguir entender os movimentos de sua boca. Sabia que ela estava dizendo que queria a mim

Nossa!Meu coração disparou. “Há! A minha esposa está ali. Que droga! Esta mulher irá acabar comigo”. De repente o celular toca, corro para ver quem é, na verdade corri com medo de ser ela, e minha esposa ver. Seria o fim daquela semana tão perfeita.

Era mesmo ela, uma mensagem no celular que dizia: “sei que você passou esta semana amando-o por isso que gosto de você e o quero, pois sabe amar, sabe dar amor e fazer uma mulher realizada. Não se preocupe ele não tocou em mim, e não tocará, pois espero por você”.

Não, não! Isso já era o bastante para acabar mesmo com aquele final de semana.

Durante o dia em que passei naquele apartamento no quarto andar, minha visão e minha mente sondava o outro bloco incansavelmente para poder flertar com ela, na verdade estava muito curioso para ver como ela estava vestida. Queria muito observar seu corpo a desfilar no corredor do apartamento.

Quando de repente ela aparece toda de peças íntimas com a desculpa de pegar sol, eu vir isso no seu olhar. Não consegui ficar ali a olhando por muito tempo embora o quisesse. Fui até o meu quarto e fiquei a imaginá-la.

Nesse momento a minha esposa que estava tomando banho apareceu de toalha acariciando-me, com os cabelos molhados com cheiro de DOVE, há! Gostava tanto, mais infelizmente hesitei. Ela olhou para mim e não pude conter o meu rosto triste de indecisão, pois eu estava entre a coragem, o medo, o amor e o desejo, coisas que passaram a fazer parte de minha vida a todo o momento.

Minha esposa colocando a mão sobre minha face e levemente me beijando, disse:

-O que foi amor? Porque de repente ficou tão triste?

-Nada amor, apenas pensando

Ela me abraçou, deixando sua toalha cair, e assim ficamos abraçados, o seu corpo tomou conta de mim e me fez esquecer a sereia negra que estava no outro bloco.

Tinha ficado a observar, sua boca pequena e avermelhada, seu sinal de beleza e sua pele branca e macia. Há! Fiquei a pensar. Eu não podia deixar o desejo tomar contar de mim. Não poderia trair aquela mulher que de tempos em tempos adoçava minha vida com carinhos e palavras que acalmava minh’alma.

Seria uma luta latente contra o desejo que estava à porta de meu coração.

Logo em seguida minha esposa disse:

-Amor que tal sairmos para a praia?

-Que bom! Vamos?

Achei maravilhosa a idéia. Então nos dirigimos á praia. Quando estávamos banhando minha esposa disse:

- Amor olha quem está ali, não é a sua amiga e o esposo dela?

-Há sim, é!

Disse ainda: Que coincidência não?

Ela disse: Pois é! Vamos até lar cumprimentá-los.

Sem saber que seu marido estava fugindo dela, terminou por me aproximar ainda mais. Isso foi a pior coisa que pôde então acontecer.

Imaginem: eu de cueca, ela de biquíni. Só poderia fazer uma coisa, fechar meus olhos mentais. Mais foi por debalde, terminei por observá-la de perto, cada curva de seu corpo, a sua boca, seus longos e negros cabelos, suas coxas. Há meu Deus! É melhor nem mesmo esticar o comentário. Apenas sei que viajei. Ao passo que ela com seu olhar cínico me comia com os olhos, fazendo de vez em quando alguns gestos dizendo: Você é lindo; gostoso; quero-te, e assim por diante.

Como estávamos sem carro, eles insistiram em nos dar uma carona. A carona foi aceita pela insistência dela e de minha esposa. Lógico que durante todo o percurso fiquei sem comentários ao passo que eles conversavam bastante.

Ainda era sábado, para completar o cardápio do fim do dia, nos convidaram para sairmos juntos para jantarmos fora. Não pude fazer nada, uma vez que se eu relutasse desconfiariam, por isso ela insistia em fazer isso, pois sabia que eu não poderia dizer não.

Ela percebia que eu não queria danificar minha família, machucar minha esposa.

Comecei a observar que ela queria me vencer pelo cansaço e com o intuito de colocar em minha mente se eu me entregasse logo, logo, logo ficarei livre dela. Mais eu sabia que isso seria a gota da água.

Mais na verdade como disse no início eu também a queria. Em fim chegou à noite e saímos juntos como combinado. Mesmo que eu tentasse me manter normal mais isso era impossível, pois as investidas dela eram por demais eróticas e impossíveis de não dormir e acordar, ou seja, viajar num mundo de fantasias.

Durante aquele jantar me mantive sempre distante um pouco da mesa, tinha medo que cenas de novelas e filmes acontecesse ali, como assédio das pernas por baixo a mesa. Eu sabia que ela teria coragem de fazer isso. Dei graças quando aquele momento chegou ao fim, mesmo sabendo que o meu íntimo não queria, mais foi melhor.

Eu temia o que se seguia, a madrugada seguinte.

Bem, chegamos ao apartamento por volta das 23 horas daquele sábado. Resolvi logo ir pra cama. Mais algo ficava dentro de mim batendo forte e querendo de mim tomar contar e ir para aquela janela, era o que eu mais queria naquele momento. Às horas se passaram a esposa dormiu.

Levantei! Não pude me conter e aquela janela de fato estava me esperando do outro lado, de janela para janela ficamos a namorar. Eu sentia meus olhos brilharem em vê-la numa camisola vermelha, de propósito ela entrava e saia do apartamento para vê-la andando sensualmente. Engraçado! Parecia coisa de filme: Uma mulher vampiro seduzindo um homem, doida para devorá-lo, e como homem cedendo aos desejos carnais, hipnotizado diria.

Não sei se poderia chamar aqueles momentos em minha vida de desventura. Apenas sei que olhando para aquela mulher a queria. E naquele instante de flerte, acenei com a mão para ela descer. Ela achava que não teria coragem, mas quando viu que eu virei às costas, ela balançou a cabeça, como se estivesse pedindo para eu não sair.

Mais eu realmente estava saindo, mas para descer. Quando desci, lá estava ela no apartamento olhando para minha janela, então fiz barulho de um passarinho, o engraçado que naquele condomínio seria impossível ter aquele pássaro, de cima ela riu muito. Ela disse de lá: amo-te.

Meu Deus! Ela desceu. Que riscos estávamos correndo, em baixo seriamos facilmente visto e não teríamos nada para inventar como desculpas em razão da maneira que ela estava vestida. Mais isso para nós era o de menos.

Saímos de mãos dadas andando pelos blocos no silêncio daquela madrugada. Nossos olhares se comunicavam e entendíamos que queríamos naquele momento era está num quarto. Para fechar a madrugada começamos a nos abraçar naquele frio que se transformou em calor intenso de desejo, o frio trazido pelo vento se derretia ao tocar em nossos corpos queimando de paixão.

Ficamos nos maltratando alguns minutos. Apesar de ela demonstrar que aceitaria fazer amor ali mesmo, levantando sua pena e eu por minha vez fugia prendendo-a em meus beijos, escorregando meus dedos em seu corpo, levantando suavemente sua camisola.

Seu cheiro me enfeitiçava, travando meus sentimentos. De repente ela desceu sua calcinha levemente. Eu fui a loucuras, era o fim. A traição seria por vez consumada. No entanto, senti novamente correndo em minhas veias a sensação de outrora, de quando era um garoto de paga, sentindo um simples prazer de vê-la loucamente em delírio por mim, vir que não era amor que sentia por ela. Apenas tinha voltado a fraqueza de se achar o garanhão.

Sei que aqueles lábios doces como mel que beijava, seu nécta, amargou em minha língua. Ela não conseguia traçar o bom senso com a realidade das conseqüências. Vir em seus olhos a frágil carência oscilando em meus braços em torno de meus olhos e lábios que levemente ela tocava.

Enquanto ela descia levemente uma das alças da camisola que vestia, deixando seu seio nu, para em seguida, encostar-se a mim e sentir o calor de nossos corpos. Não pude fazer aquilo. Hesitei e olhando profundamente em seus olhos, retornando o fôlego de ambos, e então disse:

- desculpas, mais não posso fazer isso, estou sendo egoísta. No momento não estou pensando nem na minha esposa e muito menos em você. Você sabe que seria somente prazer!

-Não! Não seria! Eu te amo. Me entrego de corpo e alma, levitarei em teus braços. Entregando-me a ti qual turíbulo ao ofertante. Queime seu amor dentro de mim.

Toquei levemente seus lábios, dando-lhe um beijo meigo, um beijo de despedida, mais meus pés foi dominado por uma leve e rude canseira que não me deixava logo sair dali. Tinha medo de novamente entrarmos em um clima, e acordar a animalidade sexual de um homem.

Chorei silenciosamente enquanto as lágrimas escorregavam, descendo pelo meu rosto, ela não as deixava descer pelo meu corpo, as enxugava com a ponta de sua camisola. Mais as suas lágrimas sim, desciam seu corpo deixando sua camisola mais transparente deixando seu diáfano corpo a vista. Seus seios pareciam doce como o prelúdio de uma harpa, apaixonante.

Parei e fugir dali, sem olhar para trás. Não sabia o que aconteceria e para mim não mais importava.

Cheguei ao apartamento sentei em minha cama, passei o restante daquela noite mórbida que guardava um corpo com cheiro de palidez. Cujo coração ainda que tentasse não pulsava. Horas a fio passei a imaginar que quase destruir um lindo amor, por um insignificante desejo que hospedara na porta de meu coração quase inflamei o amor que por ela sentia.

Terminei por cochilar em cima de seus seios quando acordei pelos cantos dos pássaros como de costume, bela manhã juventina de dominga estava à beira do dia, então foi até a porta com uma caneta e papel, passando a redigir pensamentos daquela noite vivida por um amor turvado por desejos. Sabia que tal amor acabaria aquele de há muitos anos, e que os anos à frente talvez não o trazia mais, se acabado.

Estava decidido para nunca mais olhar para àquela sereia negra, mantendo meu corpo sem qualquer cicatriz de uma traição profunda de entregar mente, corpo e alma.

Espere ai! Alguém batendo na porta no apartamento. Não, não acredito. Olhei o olheiro da porta e vir, sim! Era ela.

Pedir que fosse embora, mais não quis ir. Tentou então me beijar. Disse a ela que não adiantava, eu amava minha esposa, embora estivesse atraído sexualmente por ela, mais o amor que sentia por minha esposa era maior e ia suplantar o que sentia por ela. A fiz chorar como nunca antes. Fiquei emocionado. E pedir perdão, pois sabia que fui culpado por alimentar tal desejo.

Chorando ela disse que não se sentia mais mulher há muito tempo. E sem mim ela morreria. Se não bastasse a presença dela ali à porta. Ela entra apartamento adentro, vai ao quarto chorando. Acorda minha esposa e começa a sacudi-la dizendo: Porque ele te ama tanto assim, que não pode me amar também, fiz tudo para fazê-lo me amar, mais nada adiantou!

Senti a maior e decepcionante vergonha de minha esposa e medo de agora perdê-la.

Porém minha esposa disse a ela: Porque também o amo de verdade. Sei que oscilações em sua mente poderão surgir, mais procuro manter a porta de seu coração fechada, o defenderei da força negra de uma infesta. Por favor, vá embora! Vá para seu marido. Faça-o feliz em vez do meu, deixe que o meu feliz faço eu. A maneira que tentou seduzir meu marido tente seduzir o seu. Desejos novos de uma mulher devem ser apresentados ao marido e não a outro. Puxa! Não acreditava que minha esposa estava dizendo aquilo.

Ela chorando para minha esposa disse a mim: Há algo dentro de mim entalado que não pode sair, pelo mesmo agora não. Vejo que vocês são quase perfeitos. Sei que embora você se entregasse a mim em papel e caneta, e até mesmo aos beijos e abraços, sempre achei esquecido porque não ia além. Por isso insistir em lhe seduzir, percebia em cada momento sua relutância em si entregar a mim por completo. Ela foi embora, olhou para trás e disse: O deixarei em paz.

Chorei de joelhos na beira da cama, molhando em lágrimas os pés de minha amada. O medo de mim tomava conta, sem palavras soluçava. Nem perdão conseguia pedir. Mais ela se levantou, segurou em minhas mãos, beijou minha testa e disse:

- Tinha percebido, mais não percebi somente os desejos que sentia por ela, mais também pude perceber sua luta em fugir deles. E pude ver o quanto me amava. Sei que dela não foste, apesar de ter sentido seus braços, pernas e olhos vez por outras fraquejarem. Mais o seu coração estava guardado. E de fato sei que ela é uma mulher tentadora- Ela disse ainda:

-Te amo, apenas quero sempre toque no meu infinito coração, que até agora foi somente seu, e cujo corpo foi tocado por toda a vida unicamente por ti. Aceite ainda meu corpo como se ainda fosse aquele corpo virgem. Lembre-se de quando namorávamos nas esquinas escuras e que somente os portes eram nossas testemunhas de nossos pecados juvenis.

A abracei intensamente chorando silenciosamente, pedindo perdão...Beijei-a muito. E Fomos direto para o sofá e ali namoramos e nos amamos silenciosamente como a primeira vez, sem gemidos, apenas dançamos nossos corpos unido-os ao calor, suor e beijos...

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Verny Clovek
Enviado por Verny Clovek em 26/10/2010
Código do texto: T2579474
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