NOW I'VE GOT IT
(Coloquem muitas interjeições aqui)
Achei mais elegante publicar o titulo em inglês... Fica mais bonito, mas “quando a ficha cai” na roleta da vida, a gente se depara com o fim ou o começo. Quando a ficha cai, a gente só tem duas situações: perde-se ou ganha-se. Assim senti meu dia ao perceber a realidade nua e crua.
Sou compulsiva. Sempre estou pronta pra começar nova rodada. Aposto o tempo todo nos meus dados, na roda, nas cartas, porque eu sei que posso enfrentar adversidades. Se eu posso iniciar novas jogadas, é porque tenho meus trunfos, mesmo que eu não saiba exatamente quais sejam.
Numa batalha não devemos nos restringir às táticas do outro lado, mas no que podemos fazer, caso o outro lado nos surpreenda. A minha arma maior é a mente e - esta - está funcionando o tempo todo.
A entrevista que a TV Record realizou comigo no dia 23 de outubro de 2010 seria transmitida na segunda-feira seguinte. Fiquei a postos a partir das primeiras horas da manhã, mas descobri que seria transferida para melhor dia (que não sei qual é). A princípio eu me senti derrotada, uma vez que criei muita expectativa em cima desta promessa. Mas este sentimento só durou alguns minutos, porque uma coisa me deu ânimo. Vou passar adiante os motivos.
Toda a minha rotina foi modificada, uma vez que eu começo a levantar bem mais tarde, quando chega minha assistente! Até lá eu fico na cama, uma vez que minha mãe não consegue fazer tudo por mim. O tempo passa, os corpos enfraquecem e as nossas forças diminuem. Dependo de pessoas e de horários, o que não condiz com a minha personalidade, apesar de eu ter que aceitar e entender minhas restrições socioeconômicas.
Ao ficar o dia inteiro assistindo aos programas da Rede Record, na esperança de concretizar meu sonho, que é divulgar meu livro na TV e falar da minha vida, vi tanta tragédia, tanta notícia péssima, que eu achei que eu, sinceramente, não era prioridade na sociedade.
Eu não sou prioridade num programa de televisão. Talvez eu represente uma classe que precisa de prioridades, que é a dos portadores de “necessidades especiais”, mas eu mesma, sozinha, não sou notícia de forma nenhuma para TV, ou seja lá o que for... Eu sou alguém que não tem dinheiro pra dar asas ao que sonho e para dar a mim mesma melhor conforto, como também, a quem cuida de mim.
A única carta ou dado que tenho é minha mente ou meu espírito. Aprendi na vida a ver humildemente fichas que “caíam” e a aceitar que eu perdia “jogos”, mas uma coisa eu jamais deixei de fazer: desistir. Ou melhor: adaptar-me às novas regras.
Todo jogo tem suas regras. Entretanto, para uma compulsiva pelo jogo da vida, não existem limites. Acho até que o que me “move” e me mantém viva são os desafios que são postos à minha frente na roleta do destino.
A dúzia de rosas que eu ganhei naquele dia estavam benzidas e olhavam para mim como eu olho para os outros como eu. Não sei se os repórteres que estiveram comigo, e com os quais eu me senti tão gratificada, perceberam o carinho daquelas rosas que destoavam da simplicidade de minha casa. Eu não sei se poderão interceder por mim, mas sei que todos se sentiram muito bem-vindos.
Meu fllho amado
O que será, será. Se eu serei reconhecida; se eu terei meu espaço; se eu mereço neste momento ser recompensada de tantas "partidas" inglórias; se o caminho que eu determinei para a melhoria da minha vida (e a de todos iguais a mim) for justo, honesto e inteligente, será ELE - MEU DEUS - quem vai cantar o jogo. Não eu...
Márcia Garcês
Rio de Janeiro, 25 de outubro de 2010
http://www.marciagarces.recantodasletras.com.br
(Coloquem muitas interjeições aqui)
Achei mais elegante publicar o titulo em inglês... Fica mais bonito, mas “quando a ficha cai” na roleta da vida, a gente se depara com o fim ou o começo. Quando a ficha cai, a gente só tem duas situações: perde-se ou ganha-se. Assim senti meu dia ao perceber a realidade nua e crua.
Sou compulsiva. Sempre estou pronta pra começar nova rodada. Aposto o tempo todo nos meus dados, na roda, nas cartas, porque eu sei que posso enfrentar adversidades. Se eu posso iniciar novas jogadas, é porque tenho meus trunfos, mesmo que eu não saiba exatamente quais sejam.
Numa batalha não devemos nos restringir às táticas do outro lado, mas no que podemos fazer, caso o outro lado nos surpreenda. A minha arma maior é a mente e - esta - está funcionando o tempo todo.
A entrevista que a TV Record realizou comigo no dia 23 de outubro de 2010 seria transmitida na segunda-feira seguinte. Fiquei a postos a partir das primeiras horas da manhã, mas descobri que seria transferida para melhor dia (que não sei qual é). A princípio eu me senti derrotada, uma vez que criei muita expectativa em cima desta promessa. Mas este sentimento só durou alguns minutos, porque uma coisa me deu ânimo. Vou passar adiante os motivos.
Toda a minha rotina foi modificada, uma vez que eu começo a levantar bem mais tarde, quando chega minha assistente! Até lá eu fico na cama, uma vez que minha mãe não consegue fazer tudo por mim. O tempo passa, os corpos enfraquecem e as nossas forças diminuem. Dependo de pessoas e de horários, o que não condiz com a minha personalidade, apesar de eu ter que aceitar e entender minhas restrições socioeconômicas.
Ao ficar o dia inteiro assistindo aos programas da Rede Record, na esperança de concretizar meu sonho, que é divulgar meu livro na TV e falar da minha vida, vi tanta tragédia, tanta notícia péssima, que eu achei que eu, sinceramente, não era prioridade na sociedade.
Eu não sou prioridade num programa de televisão. Talvez eu represente uma classe que precisa de prioridades, que é a dos portadores de “necessidades especiais”, mas eu mesma, sozinha, não sou notícia de forma nenhuma para TV, ou seja lá o que for... Eu sou alguém que não tem dinheiro pra dar asas ao que sonho e para dar a mim mesma melhor conforto, como também, a quem cuida de mim.
A única carta ou dado que tenho é minha mente ou meu espírito. Aprendi na vida a ver humildemente fichas que “caíam” e a aceitar que eu perdia “jogos”, mas uma coisa eu jamais deixei de fazer: desistir. Ou melhor: adaptar-me às novas regras.
Todo jogo tem suas regras. Entretanto, para uma compulsiva pelo jogo da vida, não existem limites. Acho até que o que me “move” e me mantém viva são os desafios que são postos à minha frente na roleta do destino.
A dúzia de rosas que eu ganhei naquele dia estavam benzidas e olhavam para mim como eu olho para os outros como eu. Não sei se os repórteres que estiveram comigo, e com os quais eu me senti tão gratificada, perceberam o carinho daquelas rosas que destoavam da simplicidade de minha casa. Eu não sei se poderão interceder por mim, mas sei que todos se sentiram muito bem-vindos.
Meu fllho amado
O que será, será. Se eu serei reconhecida; se eu terei meu espaço; se eu mereço neste momento ser recompensada de tantas "partidas" inglórias; se o caminho que eu determinei para a melhoria da minha vida (e a de todos iguais a mim) for justo, honesto e inteligente, será ELE - MEU DEUS - quem vai cantar o jogo. Não eu...
Márcia Garcês
Rio de Janeiro, 25 de outubro de 2010
http://www.marciagarces.recantodasletras.com.br