Relacionamento

Relacionar-se é um ato de renuncia, de entrega, de crescimento e fé. Na busca pelo equilíbrio entre o dar e receber, precisamos nos concentrar mais na oferenda, na abertura, na consciência de que somos a continuidade, a extensão uns dos outros.
O corpo não é um limite, uma linha que nos separa, não. O corpo é apenas um instrumento que as nossas almas se utilizam para se manifestar no mundo físico na busca de um aprendizado espiritual. Além do corpo, as nossas energias se tocam, se cruzam horas se tangenciando, horas adentrando uma nas outras. Sentimos-nos muito mais do que acreditamos. Permutamos os nossos pensamentos e sentimentos de formas particulares e extensivas. Somos na verdade um corpo espiritual só, fundido em amor.

Por isso, para que as nossas relações tenham sucesso verdadeiro é necessários que elas estejam embasadas sobre os princípios verdadeiros do desprendimento e da aceitação. Pois apenas quando estamos centrados nos princípios corretos é que os nossos relacionamentos podem ser profícuos e profundos. Senão qualquer embate, por menor que seja os destruirá.

O nosso modelo de vida em grupo tem que ser sempre o modelo de Deus, baseado nos princípios de amor e renúncia. Enquanto centramos as nossas relações nos nossos egos nos distanciamos da verdade e impedimos que as nossas relações de fato se concretizem.

A condição maior para um relacionamento é a de que ele deve ser feito sempre às claras, sempre se levando em consideração a seriedade e a sobriedade. Uma relação correta, embasada sobre o amor verdadeiro não pode ser feita sobre a mentira e o desrespeito. Cada lado do relacionamento tem que ser levado em consideração e estudado em conjunto. Ninguém pode acreditar que está correto, pois a razão não pertence a ninguém. Somente ao Pai cabe o julgamento. Precisamos nos esforçar ao máximo para cumprirmos a nossa meta individual, levando sempre em consideração o outro.

Numa relação, qualquer ela que seja é necessário que recebamos sempre aos outros com cordialidade e boa vontade, que respeitemos os seus pontos de vista e que os aceitemos com a sua verdade individual, atuante no contingente, pois cada criatura é uma parte dinâmica do corpo coletivo.

Agindo desta forma somos capazes de feitos magníficos. Quando estamos abertos para o outro passamos a atuar de uma forma mais consciente na relação com o todo. Contribuindo desta forma para o crescimento nosso e do grupo.