Coleta Setetiva de Políticos

Muitas cidades brasileiras ainda não contam com um sistema eficaz de coleta seletiva de lixo. Infelizmente, apesar dos esforços da ECO 92, a segunda Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, realizada no Rio de Janeiro em 1992 e da Rio+10, a Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento, realizada em 2002, na África do Sul, em provocar mudanças efetivas em relação ao assunto, as cidades brasileiras continuam entre as mais sujas do mundo.

O processo de limpeza das cidades e a adoção de sistemas adequados de cuidados com o lixo no Brasil caminham a passos de tartaruga. Por falar em tartarugas, inúmeras delas morrem todos os dias devido ao lixo que é lançado nas praias. O que temos são praias poluídas, animais em extinção e pessoas carentes de orientação e dignidade.

Se o lixo, que é produzido e descartado no ambiente por não ter mais utilidade, deve ter um tratamento adequado, quanto mais um ser humano deve ter tratamento especial, pois jamais pode ser descartado e sua utilidade ao longo da vida, é imprevisível. Cada pessoa deve se sentir responsável pelo planeta em que vivemos. No entanto, como que uma pessoa poderá assumir essa responsabilidade, quando vive em condições miseráveis e lhe falta até mesmo a sua dignidade? Um ser humano, vivendo no lixo, misturado a ele, como se fossem iguais. Ora, precisamos limpar as nossas cidades, mas elas só ficarão limpas de fato, quando cada pessoa for tratada com dignidade e respeito.

Portanto, para limpar uma cidade não basta apenas recolher e tratar o lixo. É preciso, antes de tudo, tratamento adequado aos políticos corruptos.

Os lixões, terrenos baldios onde diariamente são lançadas toneladas de lixo, continuam a existir e a produzir chorume, poluindo o solo brasileiro, da mesma forma que alguns políticos continuam no poder, em lenta decomposição, tentando camuflar seu chorume e atraindo a população mais desfavorecida, como se não houvesse para ela outra forma de sobrevivência senão do lixo.

Coleta seletiva e reciclagem do lixo são alternativas ecológicas capazes de mudar completamente uma cidade, no entanto, para que sejam implantadas, é necessário realizar primeiro a coleta seletiva de políticos. Afinal, enquanto houver coleta de dinheiro público para ser depositado em meias e cuecas de corruptos, nada será feito em relação ao meio ambiente.

Para realizar a coleta seletiva de políticos, basta jogar nas urnas apenas aqueles que realmente se preocupam com o futuro do Brasil, apresentando propostas consistentes para a educação, a saúde, a segurança e o meio ambiente. Já os políticos corruptos, devem ser incinerados da política brasileira, só assim teremos cidades realmente limpas.

Autora: Kelly Vyanna, membro da Aceib-DF

A Aceib - Associação dos Escritores Indepedentes do Brasil em Brasília, apoia a coleta seletiva de lixo.