O que é imperdoável?

Que espécie de arma pode ser tão letal a ponto de deixar feridas incuráveis? Será a atitude imperdoável como a cicatriz provocada por um corte de navalha? O que é de fato imperdoável? Será que realmente existe esse termo, será que o ato de conceder perdão está diretamente ligado à gravidade da falha da qual se é vítima? Questões complicadas essas, mas às vezes parece que a capacidade de perdoar é um dom, e depende apenas da nobreza de coração.

Numa rápida citação a uma religião, Jesus quando questionado em relação ao perdão disse que é preciso perdoar setenta vezes sete, ou seja, incontáveis vezes. Mas, quem de nós pode se comparar a um homem realmente puro de coração? Um homem tão puro que além de possuir a capacidade de perdoar qualquer agressão também era convicto de que todo coração infrator pode ser recuperado. Enfim, foi apenas um exemplo. Afinal, é sempre bom espelhar-se nas reais boas atitudes, independente do homem que as toma.

Será necessário um pedido de perdão para que o perdão seja concedido? Será que o ato de não perdoar é algo nocivo ao coração, já que normalmente este ato se torna um alimento para as mágoas? Será preciso após o perdão reatar o mesmo vinculo de antes com aquele que perdoamos? Parece-me que um grande empecilho para o ato de perdoar é a dúvida... “Será que voltarei a sofrer com o mesmo erro dessa pessoa?”. Bem, talvez só seja possível perdoar e em seguida reatar os laços com a pessoa caso essa se demonstre arrependida. Bem, caro leitor, independente da forma de perdoa que se pode oferecer àquele que nos fere, perdoe... Perdoe para ficar em paz consigo mesmo! Perdoe para que o mundo se torne um lugar mais leve, um lugar diferente desse antro de mágoas que vemos hoje.

Buendia
Enviado por Buendia em 23/10/2010
Reeditado em 24/10/2010
Código do texto: T2574610
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