Sociedade

Sociedade.

Quer saber de uma coisa, não me importa sua opinião nem mesmo as deles, não me importa nada.

Deixem-me em paz, parem de invadir a privacidade de minha mente e de ocupar meu espaço que é pouco, mas necessário, parem de sussurrar aos meus ouvidos, coisas que eu não quero mais ouvir, coisas que me deixam fora de mim e que me levam pra lugares estranhos e sombrios.

Não quero mais saber das coisas que vocês julgam certas ou erradas, só quero minha paz de espírito.

Parem de controlar o futuro e remoerem o passado, parem de manipular as vidas alheias, parem de destruir as esperanças vizinhas e amordaçar as palavras de socorro e desespero.

Não quero saber o que vocês têm para mim e nem o que esperam de mim, não quero mais participar de suas façanhas arriscadas e desculpas esfarrapadas que usam para justificar os destroços que estão deixando desse mundo para o próximo povo que virá.

Vocês acham que têm respostas pra tudo, mas nunca fazem a pergunta certa e nem dão as soluções sinceras para o que está acontecendo ao nosso redor.

Parem de forçar o mundo, não adiantará nada, ele não caberá na palma de suas mãos.

Gente hipócrita e despida de alma e coração, cegas de pureza e cheias de vaidade e avareza.

Estou cansado de vocês acharem que sabem o que estão dizendo ou fazendo, pois na verdade vocês não sabem quem, o que ou porque são.

Não preciso da atenção miserável de vocês, não preciso me encaixar ao padrão de vocês, pois vocês são o padrão mais ridículo e limitado que existe, nada mais que cegos levando outros cegos ao abismo.

Ralfy Furtado
Enviado por Ralfy Furtado em 23/10/2010
Reeditado em 23/10/2010
Código do texto: T2572940
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