O poder de quem é amado
É impressionante o poder que têm algumas pessoas. Tem gente que é capaz de nos fazer felizes pelo simples fato de existir na nossa vida.
Quantas vezes não soltamos aquele sorriso, mesmo sozinhos, só de pensar na pessoa amada? Ou então, deixamos escapar umas lágrimas doídas de saudade, ao nos darmos conta que o nosso amor está longe ou, ainda pior, que não voltará mais para o aconchego dos nossos braços.
Veja a balbúrdia que esse “poder” causa na nossa vida: ver uma foto, um vídeo, causa arrepios, calafrios; receber um e-mail provoca palpitações, paralisia; ouvir a voz deixa tonto, fora do ar, sem ar; saber da pessoa causa surdez, raciocínio lento, alucinações.
Tudo bem que quem sente tudo isso somos nós. A tal pessoa amada só provoca tamanho alvoroço de emoções na nossa vida porque NÓS a amamos. Significa que nós é que lhe concedemos tal poder. Nós é que permitimos que ela apronte esta bagunça no nosso coração.
Mas como impedir? O amor é o que é e pronto. Acabou. Viramos gato-e-sapato. Porque se a pessoa detém tal poder, é porque ela nos conquistou. E sendo assim, lhe outorgamos o poder de bom coração, de bom grado e escolhemos alegremente o sofrimento inevitável.
(Catalão, 05/10/2010)