Te matando aos poucos
Hoje meus olhos refletiram a derrota que foi te amar,senti novamente a vergonha de te ver e perceber que continuas o mesmo,e eu,a mesma.Nada mudou,os invernos sombrios e solitários passaram lentamente,e como nossas manhãs frias,senti sua incapacidade transparecer sobre minhas costas.
As lágrimas que te possuiram no passado já não tem força contra mim mesma como antes;meus olhos secara, para você,mas minha mente recorda daquele que num início inocente,predestinou meu fim irremediável.
Sua arrogância me apunhala pelas costas sempre que sou obrigada a enfrentar seus olhos;neles vejo que meu ar congela dentro de meus pulmões,e o meu sangue,na eternidade de um minuto para de circular.
Me sinto culpada por guardar bons sentimentos de pessoas que não merecem um só segundo de reflexão,tenho vergonha de falar seu nome,sabendo que não mereces um só sentimento meu.Queria que você morresse,pois assim eu poderia caminhar sem ter medo de encontrar a primeira página da minha eterna e incansável derrota.
Para falar a verdade,eu queria não ter nascido,queria simplesmente ser como os outros;ver o mundo como os outros,ser amada como os outros.Enfim,queria ser você por um dia,para pelo menos uma vez na vida experimentar o gosto de ser amada e de ser feliz.
(13/09/2006)