O que é o povo?

Depois de tanto procurar, encontrei em dicionários escritos por políticos, o significado da palavra POVO para eles: prato onde se come e se lambuza e depois defeca as ações. É no meio dessa fossa, que cheira a subdesenvolvimento, que esse POVO tenta se perfumar com alguma esperança.

Acostumado a ser subtraído e rezar em procissões formando uma romaria de desolados, eles vêem seus “feitores” orando em templos pra deuses capitalistas, que multiplicam como num milagre os seus pães (bens), enquanto eles mesmos ficam só em promessas, ajoelhados em cima do próprio orgulho. Num país onde os interesses tornam-se cada vez mais individuais e o coletivo anda com os pneus arriados, essa multidão chamada de povo, segue segurando em corrimões de instabilidade, para não cair em desespero. O POVO, conhecido como apenas um detalhe, vive brincando de viver, político, que é sinônimo de atraso, segue usurpando o pouco que resta dele, a alegria de estar vivo.

Sem perceber, a história vive se repetindo e os sonhos acordando no meio de mandatos, onde sem mesmo ter como revidar, o POVO recolhe-se à sua insignificância. É necessário outro AURÉLIO, pois o dicionário rabiscado de políticos, ignora tudo aquilo que não lhe interessa, escrevendo em frases curtas o que é mandar. Nas escolas de formação de políticos, ensina-se a ignorar o lamento e o verbo é ganhar, se possível dobrado. O diploma só é dado quando o povo suplica por clemência.

Na verdade o que se dá pra ouvir é aquele antigo bordão, onde uma personagem de humor repetia sempre:- QUERO QUE O POVO SE EXPLODA, foi de tanto ouvir que os políticos aprenderam e colocaram em prática.

MÁRIO SÍLVIO PATERNOSTRO