Quisera

Quisera eu poder fechar-me em mim mesma, erguer os muros e habitar no intocável, mas as pequenas frestas me expõem tornando-me vulnerável.

Essa minha eterna mania de não viver o luto, e de sobrepor o que não quero sentir, um círculo vicioso.

Uma busca incansável pelo que constitui a minha essência, pelo que sou de fato, pois dissimulados todos nós somos, em níveis diferenciados, mas somos... Vez por outra quem não se pega representando?

São impostas tantas regras explícitas e implícitas, estas são as piores, que o disfarce é obrigatório. Sou demasiadamente infratora, mas mesmo assim as máscaras vão surgindo, e muitas vezes ao me olhar no espelho tenho dificuldade de me reconhecer não só pelo que já fiz, mas por aquilo que estou na iminência de fazer.

Lyndinha
Enviado por Lyndinha em 20/10/2010
Reeditado em 05/06/2011
Código do texto: T2567966
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