Autoridade x Autoritarismo

A ideia de ser “gerente” num primeiro plano se apresentou como um misto de medo (em pitadas suaves) e oportunidade de provar novas experiências, se auto testar mediante a uma novidade.

É importante em qualquer situação tentar enxergar com os olhos do outro, para que se possa ter uma melhor compreensão da situação, porém a concepção será sempre diversa, pois as pessoas são e pensam de forma diferente.

Mesmo e um curto período é possível vivenciar situações onde ficam evidentes algumas constatações em relação ao gerenciamento de pessoas. Como citado a cima, somos diferentes, entretanto reagimos muitas vezes de formas semelhantes, de acordo com estímulos que nos são propiciados. Exemplo, quem não teve no colégio uma professora preferida e uma “bruxa”? Por que idolatrávamos uma e odiávamos a outra? Não se trata de uma ser do “bem” e a outra do “mal”, o que sentíamos é fruto da reação aos estímulos que nos eram dados, enquanto uma repreendia seus alunos com gritos e ameaças, a outra conversava de forma civilizada, coerente e educada, tratando seus alunos com equidade e não como meros subordinados que estão em níveis abaixo ao seu cargo e portanto não merecem ser tratados deforma melhor.

O que quero deixar bem claro, é que gerir pessoas não é simplesmente fazer caras feias, ser indiferente, arrogante e falar auto, pelo contrário supervisionar pessoas deve impreterivelmente partir de valores fundamentais a própria convivência dentro da família, ou seja, é preciso primeiramente que aja respeito mútuo, entre o comando e os comandados e, isso não se conquista na base do grito ou arrogância. As empresas, a grande maioria delas, precisam ver que existe uma pessoa por de trás do funcionário tratando-o como tal e não valorá-lo apenas como um número, uma estatística, é preciso analisar todas as suas qualidades ou terão na sua folha de pagamento funcionários que tratam a empresa como uma mera fonte de renda e não como um lugar onde para realizar seus anseios profissionais.

Somos condicionados diariamente, seja ao ver uma propaganda, ao assistir uma publicidade, ao receber uma ordem ou “bronca” a nossa reação depende da forma como isso é exposto, se de forma rude repudiamos imediatamente, entretanto se de forma educada e inteligente somos muito mais receptivos, acolhendo a informação de forma completamente diferente. Dentre tantos outros detalhes ao gerir pessoas é preciso buscar em seus comandados, parceiros ao invés de subordinados, pessoas ao invés de meros funcionários, tratá-los com respeito acima de tudo, para que se sintam bem no ambiente e valorado pelo seu gerenciador. Para isso é preciso partir no princípio da autoridade e não do autoritarismo. Cada um escolhe a maneira como quer ser tratado, cada um escolhe a forma como sua equipa vai lhe tratar, pois tudo é um reflexo das suas próprias atitudes, como se fosse uma lei de física, ação e reação. É claro, para que isso aconteça é preciso ter um nível mínimo de humildade, valor raro na maioria dos administradores.

Lucas Carini.

Lucas Carini
Enviado por Lucas Carini em 20/10/2010
Código do texto: T2566950
Classificação de conteúdo: seguro