E EU TAMBÉM
Comecei assim, doido, explosivo, evasivo, cheio de subterfúgios, me escondendo entre frases e fases, crases, quase todas repetitivas, como se eu não existisse, o tempo, o templo, como se eu fosse um folha em branco, como se eu apenas resistisse ao tempo, passando, o tempo todo, tempo que fala, comunica, se "trumbica", de eras em eras, estas fases e frases, a repetição monótona, copiando tudo, de mim mesmo, mesmo, repetitivo, como eu, minhas frases, e fases, o prenúncio de que errei o prognóstico, isto não é um acróstico, isto é o fim do mundo!
Recomecei, assim, não dava tanta bandeira, bicho, preguiça, tatuapé, são paulo, são sebastião, o rio, araguaia, matas e a navegação, proteção, preciso, nestas águas daqui, de lá, de todo lugar, faço parte de tudo, quase nada, deixei para os santos, nem para os nativos, xavantes, amantes da natureza, iguais a mim, sem terra, sem água, sem lua, sem planeta, sem sistema, o sol, louco de varrer, queima tudo, me queima, queimo eu.
Os personagens, a estória, eu, perplexo, eles, quase não se manifestam, então, não repito, não copio, não plagio não, nada de novo, nada de ovo?
Fome de comer palavras sem nexo, para me saciar, guloso, escondo meu rosto e continuo (me) comendo.
Sem sentido, fome, sensação, anão, eu não, blasfemo mas teimo, de novo, em me triturar com estas palavras, estes devaneios, delirios sob o sol, posso muito bem viver sem estas assertivas, nem sempre acertadas, encaixadas no lugar e na hora certas, escolhas que não fiz, juro, conveniência, prudência?
Os assuntos mudam, como as rotas dos ventos, e eu também.