AH! O AMOR!

O amor entre um homem e uma mulher, o verdadeiro, aquele de almas, é dos sentimentos mais belos da vida. Pode ocorrer à primeira vista e a explicação, talvez, seja a atração de almas afins. Não podemos esquecer, porém, que vivemos num mundo onde as imagens têm grande influência. E é aí, dizem, que vale tudo no jogo da conquista. Um belo visual atrai, embora não signifique que só ele dê continuidade a um relacionamento. Isto em se tratando de pessoas. Porque não somos apenas nós, seres humanos, que usamos de estratégias para conquistar alguém.

Alguns animais também têm seus rituais de paquera, misturando ternura e agressividade. No jogo da conquista, amor e ódio se misturam. E não pensem que é fácil a vida de um macho conquistador. Tem que ser corajoso, forte e imaginativo. Tem que enfrentar batalhas de vida ou morte com outros machos. A finalidade é para proteger o território, as crias e selecionar os mais fortes. A agressividade é indispensável para garantir a sobrevivência das espécies.

Nos jogos de sedução acontecem coisas, no mínimo estranhas. Vejamos alguns "casos de amor":

_ Os rinocerontes, machos e fêmeas, dão encontrões violentos, várias vezes, como se estivessem fazendo guerra e não amor.

_ Interesseiras mesmo são as fêmeas dos lagartos, que procuram um "noivo" de posses , ou seja, são atraídas pelo território que o macho defende. Quanto maior o território, mais chance tem o pretendente.

_ Um exemplo para os homens apressadinhos: para chegar ao acasalamento, o tigre precisa de uma grande paciência para acalmar a fêmea, que rosna e dá-lhe patadas. Consumada a fecundação, tem que fugir, pois a companheira sente vontade de matá-lo. Mas, se o herói for persistente, a relação torna-se duradoura, produz outros tigrezinhos... e outras ameaças de assassinato.

_ As rãs fazem serenatas para encontrarem um companheiro. Os machos coaxam e as fêmeas respondem. E elas são exigentes: o sapo tem que ter voz forte, um bom território e aspecto agressivo.

_ Os cães não são muito românticos e precisam esperar que a fêmea entre em cio. Talvez para se "vingar" da espera e para evitar que a fêmea mude de idéia, os machos têm um mecanismo que permite que a junção dos dois corpos não possa ser desfeita.

_ A corte dos gatos é turbulenta, extravagante e ruidosa. Quando procuram um parceiro anunciam-no aos quatros ventos, aos cinco quarteirões, a todos os vizinhos. Devem ser boêmios, pois namoram à noite, ao luar, que é mais romântico. A fêmea demora para se decidir e geralmente escolhe quem ganha a luta de miados.

_ No caso das tartarugas terrestres, os machos dão encontrões nas fêmeas de forma muito pouco carinhosa, mas se assim conseguem o que pretendem, quem somos nós para criticar?

Para concluir esses "namoricos" todos, uma historinha bem real:

Rina e Paulinho, casal de chimpanzés do zoológico do Rio, fizeram as pazes depois de um ano brigados. Os animais tiveram de ser mantidos em ambientes separados por todo esse tempo, depois que Paulinho tentou roubar o iogurte da parceira. Pelos relatos dos funcionários do Zôo, no entanto, a disputa pelo quitute foi, na verdade, somente a gota d’água para a separação, já que os dois mantinham um relacionamento conflituoso há um tempo. Eles tinham pequenos desentendimentos quase diariamente, mas um deles sempre acabava cedendo. Na ocasião do iogurte, contudo, ninguém correu da briga. Para o zootecnista, o problema está ligado ao fato de Paulinho não conseguir assumir a postura de macho dominante. Paulinho chegou ao Zôo com apenas seis meses e nunca viu um casal acasalar. Por isso, ele não consegue agir da maneira certa quando a fêmea entra no cio e acaba irritando a parceira. Mas, finalmente, tudo acabou bem e viveram felizes para sempre. Ou até a próxima disputa por outro iogurte...

Giustina
Enviado por Giustina em 19/10/2010
Reeditado em 14/02/2014
Código do texto: T2564985
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