Com minha filhinha no shopping, correndo atrás dela, é claro, pergunto:

          -         Quem é teimosa e não vai ganhar um brinquedo?
          Ela me olha com aquelas duas ‘jabuticabas’ espertas e brilhantes e responde:
          -         Quem é teimosa e não vai comprar um livro?
 
          É, confesso. Sou ratazana de livraria e não admitia, até minha princesa de quase quatro anos me sair com essa.
          Mas como resistir? Uma livraria é meu paraíso de consumo. Viajo entre as estantes e gôndolas, inspiro para sentir o cheiro de livro novo.
        O bom de livrarias de shopping, são as alas infantis com cuidadoras. Enquanto meu botãozinho se distrai entre livros e joguinhos, percorro as prateleiras de filosofia, antropologia, ciência, história, religião . . . há como resistir . . . !?
          E aqueles cantinhos com uma ou duas poltronas em cada, sempre ocupadas de leitores . . . e eu, braços cheios de livros, buscando um degrau de escada que seja, para sentar-me e poder folheá-los, pois sem $$$, tenho de escolher um ou dois apenas.
          Mas mesmo assim, me sinto a mais feliz das mulheres. Isso não significa que não goste de comprar roupa e sapatos, sou mulher . . . mas as roupas e sapatos quando gastos, são descartados. Os livros não. São eternos pelas estantes e prateleiras físicas e mentais. Passam a fazer parte de mim, de minha essência e do que represento a mim e ao entorno.

 



          Como seria feliz empreendendo uma livraria.
          Ela teria livros para todos os gostos. E teria uma sala de trocas, onde os leitores poderiam trocar livros entre eles.
          Outra sala seria para leitura, e mesmo quem não pudesse comprar um livro poderia lê-lo nesta sala.
          Poltronas espalhadas por todo o espaço livre, uma ala para livros infantis . . . ah! E não poderia faltar um local para tertúlias, autógrafos, discussões teóricas.
          E o café, é claro . . . outro vício; com mesinhas e cadeiras aconchegantes, pão de queijo quentinho, bolo de frutas . . . seria tudo perfeito.
 
          Um lugar para ser feliz . . . respirar conhecimento, cultura, educação; e conviver com o que se ama, com quem se ama.






"Quando rezamos, falamos com Deus, mas quando lemos, é Deus quem fala conosco" (Agostinho de Hipona)








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SIMONE SIMON PAZ
Enviado por SIMONE SIMON PAZ em 18/10/2010
Reeditado em 31/10/2010
Código do texto: T2564524
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