Tudo novo de novo

Tinha por volta dos meus quinze anos, fase em que a testosterona esta a flor da pele. O papo mais falado é sobre as tais experiências amorosas vividas, que grande parte delas inventadas, por uma mente fértil quanto de uma criança. Não deixava de ser um menino ainda, tinham em mim muitas coisas de menino.

Como as famosas brincadeiras sem graças e piadas foras de hora, que achava o Máximo. Hoje vejo o quanto eram ridículas. Mas, com quinze anos Tudo era festa, tudo era alegria. Afinal, tudo novo, um novo mundo, um mundo de descoberta.

Estava tudo diante dos meus olhos e eu queria vivenciar cada momento. Não sou o ultimo e nem o primeiro a querer experimentar o êxtase da juventude. Porém tudo era me licito, mas segundo meus pais que vivam a me dizer; nem tudo me convém, mais o que realmente me convém? Queria aproveitar vadiar um pouco e de fato o fiz.

Foram tantas coisas que fiz que algumas delas nem me lembro direito ou nem faço tanta questão assim de lembrar. Como minha primeira experiência sexual de fato consumado, não apenas falado. Foi tão horrível que o coração parecia saltar pela boca, o nervosismos era inevitável, nem por isso deixe de fazer, alias, tem coisas na vida que ninguém nos ensina, é o famosos instinto do ser humano, quanto à atração que ES fatal. Aquela vizinha era meu sonho de consumo. Como poderia tela se não chegasse perto dela? Um dia cheguei e a tive, uma, duas, tantas vezes que nem me lembro mais. As primícias compartilhadas, pelas vizinhas ou primas assanhadas.

Após a vivenciar as recém delicias, que antes mesmo consumadas foram inúmeras vezes por mim fantasiadas, nas revistinhas no banheiro e horas e horas no chuveiro. Veio o medo e consigo o questionamento, aquelas perguntas inevitáveis que um jovem inexperiente como era de fato faz nessa situação. Meu Deus! O que estou fazendo? O que eu fiz? Será que realmente fiz? Ah! Isso não tem como negar, o sorriso apresentado em frente ao espelho do banheiro não me deixa duvida alguma, fiz. E agora? Graças a Deus, soube me prevenir. Nem por isso deixei de me arriscar. Método 100% seguro não existe, deixar de fazer nem pensar, então melhor mesmo que fiz foi ter me prevenido.

Tudo era novo em minha vida. Ainda não era um homem formado, mas achava - me um adulto por ter experimentado o gostinho mais que desejado do pecado, que não a pecado algum, desde que seja feito no momento certo, com a pessoa certa. Para mim, não foi bem o momento certo, mas o feito não pode ser mais desfeito, e assim foi feito. Quanta inconseqüência de minha parte.

Tive varias experiência, não somente sexuais. Mas experiência que nem sempre tudo aquilo que parecia ser legal, era de fato. Assim como aqueles garotos que na minha época pareciam descolados, badalados, invejados, hoje percebo que não passavam de um bando de vagabundos marginalizados, por uma conseqüência não momentânea, e sim de anos e anos sem limites, sem precedentes algum.

Tudo novo sim, Tudo legal. Mas tudo tem seu limite, tudo tem seu tempo sua hora. Talvez se tivesse voltado ao tempo, muitas coisas que fiz não tivesse feito. Fiz, aprendi e com isso me refiz, e refaço-me novamente. A vida é auto avaliar-se sempre, nunca contentar-se somente com o conhecimento que tem. Tem que ir além. Pois tudo é novo, mesmo que sejamos experientes em algumas áreas em outras sempre vamos ser como aquele garoto de quinze anos, ansioso e inexperiente, com o coração na boca, o instinto falando mais alto do que qualquer outra coisa.

E por incrível que pareça sinto-me ainda como um jovem de quinze anos, preste a conhecer os caminhos de uma vida sem limites pelo mundo de descobertas que esta ao alcance de meus dedos.

Por isso que não é de hoje que escrevo, reescrevo e volta a escrever e aos poucos me conhecer. Abrindo meus olhos para o que esta em meu momento presente, aproveitando o que a vida nos deu de presente, o gostinho maravilhoso de vivermos cada dia mais.

E por isso meus olhos continuam abertos enxergando não como antes, talvez um pouco menos. Nem por isso, deixo de ver. O quanto aprendemos, a nos ver, a enxergar que tudo é novo sim. O mundo é novo, basta apenas querê-lo de fato enxergar-lo. Uma nova oportunidade, para de novo recomeçarmos. Ainda sinto-me como tivesse quinze anos. talvez pouco mais um pouco menos. Não importa. Se o mundo é novo, sou mais jovem ainda, e dele quero-me aproveitar. É lógico com a cabeça em seu devido lugar.

Sandro Sansão
Enviado por Sandro Sansão em 18/10/2010
Reeditado em 18/10/2010
Código do texto: T2563705