Humor: O Debate Eleitoral e outros...
 
 
No último debate entre os presidenciáveis, na Rede TV, acredito piamente que quem ganhou foi o mediador.
 
Nunca acredite quando um corretor lhe diz:
 
- Pode deixar, vendo fácil...
- Não se preocupe, o cadastro do inquilino é bom!
- A transferência não custa quase nada.
- O imóvel só precisa de uns poucos reparos.
- Não teve nada haver com o imóvel. O último morador saiu por motivos pessoais...
- A vizinhança é muito tranquila.
- O Senhor vai ver, será o melhor negócio da sua vida!
 
Encontrei muitos velhos conhecidos pelo Orkut. Trocamos um olá e nunca mais nos falamos...
 
Já cansei de mandar infinitos textos para várias editoras para que me publiquem. De vez em quando recebo uma carta educada dizendo que o projeto editorial dos próximos 200 anos se encontra esgotado. Uma vez recebi um email e me falaram que trabalhavam em outra linha editorial. Respondi afirmando que também escrevia naquela linha: nunca me retornaram.
 
Depois do 10º concurso literário em que recebi alguma forma de premiação, a família já se acostumou e não me dão mais os parabéns; simplesmente dizem sem ânimo: - De novo?
 
Quando me perguntam se literatura dá dinheiro, logo me sinto na mesma situação do sujeito que mora debaixo da ponte diante do fato de que as riquezas do Brasil também lhe pertencem.
 
Lançamento de livro para que amigos e parentes compareçam é como ir ao baile e dançar com a tia de 82 anos.
 
Meus livros andam vendendo como se fossem livros.
 
Já fui a muitas feiras literárias e vejo crianças recebendo dos seus pais toneladas de livros infantis. Os pais não compram nada para si e saem com um ar de contentamento e felicidade estampado nos rostos. Em algum momento ocorreu no Brasil uma ruptura que impede os adultos de ler. Será que existe algum decreto presidencial nesse sentido? Um otimista acreditará que no futuro aquelas crianças comprarão livros adultos para si mesmas. Ledo engano: comprarão para os filhos enquanto assistem ao Big Brother.
 
Pensei em começar a escrever livros infantis, mas admito que falhei. Não consegui pensar em nada quem me entusiasmasse e que não fosse ligado a adultério, perversidade, assassinato, traição e etc. Acreditei que sofresse de algum distúrbio. Escrevi um conto de fadas macabro e choveram leitores (http://www.jurandiraraguaia.com/visualizar.php?idt=2513559). Fiquei aliviado ao descobrir que não há nada errado comigo, mas, talvez, com a literatura infantil...
 
O autor declara que caso seja levado a sério o leitor poderá ter vários problemas ligados à sua própria sanidade!