Mulheres e o divã
Fazer terapia tornou-se quase uma obrigatoriedade nos tempos modernos. Muita responsabilidade, muita correria e lufa-lufa, crianças, cursos, trânsito, horários, trabalho, marido, casa, compromissos sociais, família, feira, mercado, padaria, almoços de domingos , ufa!
Passei a me dar conta que quase ninguém mais faz bolos ou rosquinhas em casa. Não vejo minhas amigas falando que estavam costurando suas roupas, tricotando ou matando as pragas das flores do jardim. Tudo é mais ou menos contratado, descartado, manufaturado.
É, fazer terapia é quase uma obrigatoriedade. Quem nunca fez não entende quem faz.
Impressionante como as pessoas ficaram sós. Elas vão ao terapeuta e não esperam muito do tratamento, mas botar seus problemas para fora já lhes faz um bem imenso, tanto quanto a confissão aos católicos. Algumas pessoas tem a mania de ficar se analisando e são insuportáveis. Vivem falando em culpa, rejeição e outros jargões analíticos. Não fazem nada sem perguntar ao analista, até se devem mudar a cor do cabelo.
Uma conhecida me contou que já foi a vários analistas e que eles são bem diferentes uns dos outros. Me contou que um deles quase a matou de raiva, ela cheia de problemas do tipo, separo, não separo, caso, não caso - e o analista sem dizer uma única palavra. Teria sido necessário que fosse leitora de Freud para compreender o que ele falava. Resolveu que iria parar e procurar outro profissional. Aí foi um tempo horrível porque pagou mais umas cinco sessões para criar coragem de dizer que não viria mais, e mesmo assim ele não aceitou muito bem.
Enquanto isso fora do consultório fazia sol e a vida continuava.
Claro, que ela precisando de uma bengala emocional, procurou outro e outro e mais outro.
E lá fora fazia sol e a vida continuava.
Foi percebendo que precisava mesmo era de uma pessoa que ouvisse seus problemas, já que ninguém tem tempo prá isso e nem está interessado. Pagava e caro, para alugar 50 minutos do tempo de uma pessoa e reclamar do marido, dos filhos, da empregada, dizer que se achava um pouco mais gorda, que detestava ginástica e falar mal de algumas amigas.. Botar seus problemas prá fora, le fazia um bem enorme. Mas quando foi que as mulheres pararam de fazer bolos, rosquinhas e replantar seus jardins? Porque ficaram tão sós?
Nunca o homem teve tanto entrenenimento, nunca o mundo proprocionou tantas diversões e encantamentos aos homens e mesmo assim, a cada dia o homem está mais só!
Os consultórios dos analistas estão lotados. E o homem cada vez mais só.
As pessoas usam máscaras no dia-a-dia, máscaras sociais - sorriem quando não tem vontade de sorrir, profissionais- mostram-se elaboradas e produtivas, máscaras afetivas - manifestam afagos robóticos, beijos sem gosto, abraços sem calor e camas geladas. E usaram tanto que agora não se lembram mais de como vão retirá-las à noite, antes de dormir. Dormem maquilados.
Perderam o prazer. Não tem quem os escute. Trabalham muito. Estão exaustos.
Só quem paz e alegria verdadeira ao homem é Deus. E esse encontro é mágico, ainda que dolorido, pois é um reencontro e quando O encontram novamente, já não precisam se maquilar ou fazer uso das máscaras, pois já não tem rugas, preocupações, abatimento; já tem quem os escute, já tem alento e suas lágrimas são enxugadas.
É alegria genuína ter paz no coração. Não deixaremos de ter problemas, pois eles fazem parte do mundo e da vida que levamos, ainda teremos correrias, trânsito, buzinas, crianças no colégio, cursos, marido e almoços de domingo, mas com certeza a paz que se sente dentro do peito é inaudita e não existe nada e ninguém no mundo que proporcione essa sensação de alegria. Eu te recomendo Jesus Cristo, três vezes ao dia, em gotas ou em xarope, comprimidos, tenha sempre no bolso ou na bolsa, Ele faz a diferença.
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