PINTANDO O SETE
PINTANDO O SETE
“Apologia dos setes pecados capitais, invocação dos sete dons do Espírito Santo”. (Waldir Rodrigues).
O poder da palavra são símbolos poderosos que podem mudar a nossa vida. Devemos torná-lo alegre, sutil, brejeiro, engraçado, maitaca para uns e escolho para outros. Usar bem as palavras é dar-lhe conotação esplendorosa transformando-as na força conquistadora da simpatia. Os homens metamorfoseiam-se em intelectuais das prosas, dos versos e das poesias, da verve que imantam do berço, os dons da sabedoria e da glória no seu mais brilhante sentido. Aprenda a sorrir para estender a fraternidade com Waldir. Eleve seu vocabulário para o intercâmbio com o amor e o reluzir. Uma vez mais, somos responsáveis pela missão esplendorosa de mostrar para os adeptos e apaixonados por rimas “diamantizadas”, acrescidas de risos e gargalhadas, a obra do camarada.
Reiterada de fastos positivos, que emanam das leituras de uma obra com seu aspecto de sanar problemas, esclarecer com serenidade, sem destacar a perturbação, calando às mágoas dos insensatos, mas reservando seus colóquios com Deus. A qualidade espelhada desse piauiense emanante, descendente dos ancestrais lusitanos, num passe de mágica transforma uma questão polêmica num livro de bolso, que se abre com a chave da simpatia. Poeta de Luzilândia, cearense de coração, suas conotações diluidoras ilaiste, pintando “O Sete”, num gracejo mostras a ira, a avareza, a inveja, a preguiça, a mentira, a luxúria, a gula, que são pecados capitais e ainda mais, fazes rutilâncias entre entendimento, piedade, conselho, ciência, sabedoria, fortaleza e Temor a Deus.
Estimado Waldir Rodrigues - recebeste o carinho de Ana Raquel Dantas, de Arleni Portelada, que num raio de luz acenaram para o “pocket book”, não esquecendo a poeira estelar de suas ultimas turismadas em Aldebarã, e ainda desfrutando dos acalantos suscitados de “poeta amargo”, apontando a sua pena novamente para o gol, no jogo das palavras com regras definidas, como um veterano craque das letras, usando o diálogo interior para reprogramar-se positivamente. Da laranja quero um gomo do limão quero um pedaço, da poesia mais bonita quero mostrar o seu gingado. Jamais use a permissão senescência, és jovem de Espírito e de coração e num piscar de olhos inseriste quatorze sonetos (sete mais sete) que compõem a apologia dos sete pecados capitais e a invocação dos sete dons do Espírito Santo. “A ira cega à razão mata o amor”. Se você já nasceu violento e forte, retenha sua ira, prefira o amor que é consolador. A avareza é uma tristeza. Se tu és mão fechada renitente, abra-as e dê um adeus prá gente!
Se a inveja penetrou em sua vida, não lhe dê guarida providencie a sua partida; Se você é preguiçoso de nascença ainda resta uma esperança, alie-se a beligerância; a mentira é uma sólida invenção, mas vamos torná-la liquida e cheia de bênção; a luxúria comparada a um filme pornográfico no asilo fica fora de estilo pela Lei do Senhor; Gosta-se de comer uma costeleta, ou devorar um boi sozinho, com chifre e tudo, é sinal que adoras a gastronomia, cuidado, poderás apreciar a astrologia, e transformar-se num astro bem redondinho. “Buscar o entendimento é promover a paz, então vamos pazear”. Esta faculdade ora como a fonte do conhecimento verdadeiro, e então é oposta ou à sensibilidade ou à imaginação, ora como a faculdade de conhecimento discursivo, e neste caso opõe-se à razão, que cumprirá uma etapa superior de conhecimento?
O homem e a razão. A piedade apaga por caridade os pecados alheios e os nossos também; o conselho se fosse bom ninguém daria, vendia. A Ciência chega a ser a excrescência do homem, pois todos eles querem adquirir o saber divinal. A Fortaleza é uma muralha forte. Temos o dever de vencer os desatinos da vida, com altivez. Temor a Deus seria ignomínia, não devemos temê-lo e sim amá-lo. Meu Jesus dos condenados me ergue com tua mão, tenho os joelhos dobrados implorando-te perdão. “Dante operam rei illicitae imputantur etiam quae extra volutatem ejus eveniunt (As coisas ilícitas, mesmo que aconteçam contra a vontade, imputam -se a quem as fez)”. Parabéns, amigo Waldir Rodrigues, sós as grandes inteligências e os verdadeiros intelectuais são capazes de usar o poder da síntese, para transformar um assunto tão polêmico em belas poesias. Como amigo companheiro de caserna e de Academia de Letras admiramos suas obras pelo amor que inseres. Respiro profundamente quando tenho a felicidade de comentar obra poética de sua autoria e que vem com identidade dos perfumes franceses. Mais uma vez parabéns e seja feliz, do santo a meretriz serás capaz de enaltecer e encontrar qualidades meritórias em cada um dos retratados.
ANTONIO PAIVA RODRIGUES-ESTUDANTE DE JORNALISMO DA FACULDADE INTEGRADA DA GRANDE FORTALEZA (FGF), MEMBRO DA ACI (ASSOCIAÇÃO CEARENSE DE IMPRENSA E ACADÊMICO DE LETRAS DA ALOMERCE).