Humor: Entre Serra e Dilma...
 
 
            Novamente volto à tona, subindo feito bolha de ar, tão breve quanto vida de borboleta, com mais uma série nada séria de reflexões filosóficas sobre política, amor e ciência (não falarei de religião, pois o assunto tem dado um problema lascado para alguns candidatos e tentarei manter uma neutralidade impossível).
 
            Pensei em uma crônica, mas é tão grande o vazio de idéias que, diante da folha de papel em branco é melhor não escrever coisa alguma, mas, à medida que começo a escrever, eis que nascem idéias brotando de outras: é como uma hidra que se multiplica em si mesma, sem que haja corte, mas aporte.
 
O escritor morre quando nasce para o seu vazio interior e através de uma nave movida por motores de propulsão infinita viaja por pontos do pensamento onde ninguém jamais esteve: eis a glória literária.
 
            Escrevo a história da minha vida e dos outros que me cercam à medida que caminho e vou mudando pontos, acrescentando fatos e retirando outros que me desagradam. Se eu, um simples homem, consigo fazer isso com tantas vidas, dá para acreditar no que se escreveu até hoje sobre a história da humanidade?
 
            O amor: esse grande enigma. Duas pessoas inteiramente estranhas se encontram e trocam olhares. Uma chispa as percorre e um quadro interior de grande ebulição se forma. Corações disparam, suores e tremores percorrem o corpo. Para um faltam pernas, para o outro salivas ou palavras. Quando distantes pensam um no outro, quando juntos não pensam em outra coisa. Atesto então que o amor é uma doença. Quero morrer disso!
 
            Não sei se será Serra ou Dilma, o que importa é o Brasil, e o povo, e o que o povo vai receber será inversamente proporcional a todos os interesses que puxam a nação para um lado ou outro.
 
Forças ocultas nos governam, menos ao Lula que se governa por si mesmo. Tendo 80% de aprovação, o seu próprio sucesso se transforma na sua maior e absoluta dificuldade: como viverá fora do governo, principalmente se Dilma perder? Assim como os mineiros do Chile passaram tanto tempo na obscuridade, embora soubessem que um dia sairiam, Lula passará vários anos oculto em uma nova forma de ser, com o diferencial de não saber do seu futuro, assim como não sabemos do nosso. O pior de se atingir tão alta glória é a terrível indefinição do depois...
 
            Indefinição: estou entre Serra e Dilma. Algo como estar entre o paraíso e o inferno. Somente não sei qual é qual!
 
            Paradoxo PTista: Eu nunca entendi o fato dos PTistas, politicamente, se mostrarem sempre contra as opiniões contrárias, mesmo que essas lhes sejam favoráveis.
 
            Paradoxo PSDBista: É um partido nunca está em cima do muro, mas no topo de uma opinião da qual pode ser contra ou a favor, desde que não se lhe contradiga o posicionamento.
 
            Isenção: Faço grande esforço para me manter isento na política, tentei o mesmo quanto ao IR, mas nunca consegui nem um nem outro.
 
            Tem uma nova Terra que foi descoberta girando em uma órbita a 20 anos-luz de distância. É tão longe que se uma nave fosse lançada hoje com toda a tripulação hibernando, - o único modo possível de ¨sobreviver¨ - quando chegassem, tanto o nosso planeta quanto o outro já poderiam ter sido destruídos e os tripulantes não teriam para onde ir. Ficariam com aquela sensação de, sendo os homenageados do baile, terem perdido a festa.
 
            A história se repete. Somente espero que com todo esse aparato nuclear que poderia detonar a Terra dezenas de vezes, não venhamos a repetir a pré-história, ou pior, o que vem antes.
 
            Holocausto: o presidente do Irã afirma que aquele nunca existiu. O problema não é ele acreditar, é o resto do mundo cair na sua.
 
             Imaginem: o Fidel começou a admitir que estavam errados. Cada um tem um ritmo de aprendizado. E a gente contando piadas de português...
 
Reflexões sobre a morte (um assunto de matar):
 
> Definição: Mudança do estado energético pela qual somente os seres vivos podem passar. (Mandei bem!)
> Características: inevitabilidade, obrigatoriedade e fatalidade.
> Observação claramente redundante: Dela ninguém escapa.

É isso: em político acredita quem quer, se salva quem puder!