Só amanhã
Só amanhã , repetia ele.
Só amanhã.
Esperou a noite toda pela manhã .
Travesseiro agoniado ,de penas errantes ,
perambulando pela magia do sonho.
Só amanhã.
Horas , melódicos estribilhos
Na rua carente de magia.
Só amanhã.
Toque estridente do telefone .
Será que agora já é amanhã?
Silêncio na linha.
Cansado da noite insone,
o mordomo se levanta,
Vai até a porta entreaberta do quarto dos fundos e...ZAZ...atira.
O relógio morre ,asfixiado pelas horas.
FIM DO PESADELO.
Hoje ela vem. É quarta-feira.
GARDÊNIA SP 17/10/10