A casa no oco do mundo!
Subitamente Curitiba aos gritos, me chama: Venha!
De pronto, nada estava pronto para a viagem!
No bolso a conta gotas o salário do mês se fez...
E o clima frio curitibano, demandava uma vestimenta mais encorpada!
A esposa colocou meio a contra gosto na mala, as roupas que eu tinha, e com um beijo deu-me um adeus... O resto foi estrada!
Em uma das paradas, descobri que esquecera todos os telefones de contato, os endereços, coisas de um cara que ainda é afeito a papéis, e não a agendas eletrônicas ou a celulares que hoje em dia comportam um pouco de tudo...
A solução era procurar na chegada uma lan, acessar emails, procurar contatos, etc.
Era já passado um pouco das 15h00min da tarde, quando olhando pela janela do ônibus, encontrei entre as pessoas paradas na rodoviária, o contato, o amigo, residente da cidade, que me ofertará acolhida em sua própria casa!
O alivio foi geral... Tudo estava resolvido!
Cumprimentos, abraços, e uma breve caminhada em terras de curitibanas!
Será que naquela hora eu encontraria rastros do vampiro de Curitiba?
Olhei caminhos, prédios, praças e nada...
A atmosfera que encontrei, com seu hálito frio, foi acolhedora e grata, talvez pela presença amiga do José!
Não sei, o que mais me chamou a atenção, fico imaginando coisas, mas nesta hora de colocá-las no papel, todas se calam... Quase todas na verdade!
Do fundo da alma, vindo a tona, sinto a simpatia do contato, amigo e carinhoso...
Ao olhar vem as imagens pressas nas pregas de minhas memórias:
Uma casa simples de madeira, no meio de um grande terreno, rodeada por um gramado verdejante, onde naquele finalzinho de tarde, vários pássaros perambulavam, livres e alegres, fugindo de meus olhares mais curiosos...
As gentes que me receberam naquelas paragens foram todas, sem exceção amáveis...
Encontrei-me também com crianças!
Uma mãe tão amorosa, um pai prestimoso...
Encontrei-me com a esposa de meu amigo, grávida de um sonho, portadora de uma alegria, de uma chama de vida, que em seu nascimento há de representar também uma grande vitória...
A vitória da vida, contra dores e medos!
Ao cair da noite, após uma conversa mais ao pé do ouvido, fui convidado a ocupar o quarto do menino da casa... Roubei-lhe os aposentos, a cama macia e acolchoada, a sua maciez...
Dormi! Como se fosse uma pedra, jogada num lado, profundamente...
No outro dia, mais apresentações, mais conversas ao pé do ouvido, mais gentilezas, acolhimento, carinhos...
Em certa hora, coloquei-me pronto para o cumprimento do motivo que me trouxe a estas paragens...
O chamado de Curitiba teria que ser respondido! Assim se fez...
No começo da madrugada, voltamos eu e meu amigo José para casa, unidos por um sentimento mútuo de contentamento!
De novo o quarto e a cama roubada!
De novo, um acordar junto a canto de pássaros...
O café!
As conversas!
Um passeio antes do almoço!
Uma troca de figurinhas antes da segunda etapa do cumprimento ao chamado de Curitiba!
Sentados juntos á frente do computador, eu e meu amigo, rimos, conversamos, escrevemos, despidos de medos, despidos de travas...
Duas crianças na frente de um mesmo brinquedo!
O moleque paulista e o piá curitibano...
Naquele momento não havia distâncias geográficas nos distanciando!
Não havia diferença alguma, duas almas feito uma, e o chamado de Curitiba além de tudo o que para mim representava, uniu um pouco mais nós dois...
Dois seres tão distintos, com um mesmo sonho, caminhantes de diferentes estradas!
Se, caminhos paralelos, então no infinito as paralelas se encontram...
Se, caminhos distintos, então os diferentes, assim o são nas aparências... E se o são intimamente, ao se abrir mão de um pouco de individualidades, pode-se encontrar uma comunhão...
Seja, enfim, por qual motivo for, estava acolhido numa casa de sonhos...
Na casa do oco do mundo, feito menino, alegrei minha alma, arejei o meu coração, refiz minhas crenças na espécie humana, cri na possibilidade de seres tão diferentes serem um dia irmãos.
A casa do oco do mundo, agora já nem me parece tão distante...
Esta a meu alcance, como todos que abriga!
Aquela casa do oco do mundo, agora também é um pouco minha, sem cercas,
sem barreiras...
Aquela casa em Curitiba, agora fica no oco do meu coração!
Edvaldo Rosa
16/10/2010
www.sacpaixao.net
Subitamente Curitiba aos gritos, me chama: Venha!
De pronto, nada estava pronto para a viagem!
No bolso a conta gotas o salário do mês se fez...
E o clima frio curitibano, demandava uma vestimenta mais encorpada!
A esposa colocou meio a contra gosto na mala, as roupas que eu tinha, e com um beijo deu-me um adeus... O resto foi estrada!
Em uma das paradas, descobri que esquecera todos os telefones de contato, os endereços, coisas de um cara que ainda é afeito a papéis, e não a agendas eletrônicas ou a celulares que hoje em dia comportam um pouco de tudo...
A solução era procurar na chegada uma lan, acessar emails, procurar contatos, etc.
Era já passado um pouco das 15h00min da tarde, quando olhando pela janela do ônibus, encontrei entre as pessoas paradas na rodoviária, o contato, o amigo, residente da cidade, que me ofertará acolhida em sua própria casa!
O alivio foi geral... Tudo estava resolvido!
Cumprimentos, abraços, e uma breve caminhada em terras de curitibanas!
Será que naquela hora eu encontraria rastros do vampiro de Curitiba?
Olhei caminhos, prédios, praças e nada...
A atmosfera que encontrei, com seu hálito frio, foi acolhedora e grata, talvez pela presença amiga do José!
Não sei, o que mais me chamou a atenção, fico imaginando coisas, mas nesta hora de colocá-las no papel, todas se calam... Quase todas na verdade!
Do fundo da alma, vindo a tona, sinto a simpatia do contato, amigo e carinhoso...
Ao olhar vem as imagens pressas nas pregas de minhas memórias:
Uma casa simples de madeira, no meio de um grande terreno, rodeada por um gramado verdejante, onde naquele finalzinho de tarde, vários pássaros perambulavam, livres e alegres, fugindo de meus olhares mais curiosos...
As gentes que me receberam naquelas paragens foram todas, sem exceção amáveis...
Encontrei-me também com crianças!
Uma mãe tão amorosa, um pai prestimoso...
Encontrei-me com a esposa de meu amigo, grávida de um sonho, portadora de uma alegria, de uma chama de vida, que em seu nascimento há de representar também uma grande vitória...
A vitória da vida, contra dores e medos!
Ao cair da noite, após uma conversa mais ao pé do ouvido, fui convidado a ocupar o quarto do menino da casa... Roubei-lhe os aposentos, a cama macia e acolchoada, a sua maciez...
Dormi! Como se fosse uma pedra, jogada num lado, profundamente...
No outro dia, mais apresentações, mais conversas ao pé do ouvido, mais gentilezas, acolhimento, carinhos...
Em certa hora, coloquei-me pronto para o cumprimento do motivo que me trouxe a estas paragens...
O chamado de Curitiba teria que ser respondido! Assim se fez...
No começo da madrugada, voltamos eu e meu amigo José para casa, unidos por um sentimento mútuo de contentamento!
De novo o quarto e a cama roubada!
De novo, um acordar junto a canto de pássaros...
O café!
As conversas!
Um passeio antes do almoço!
Uma troca de figurinhas antes da segunda etapa do cumprimento ao chamado de Curitiba!
Sentados juntos á frente do computador, eu e meu amigo, rimos, conversamos, escrevemos, despidos de medos, despidos de travas...
Duas crianças na frente de um mesmo brinquedo!
O moleque paulista e o piá curitibano...
Naquele momento não havia distâncias geográficas nos distanciando!
Não havia diferença alguma, duas almas feito uma, e o chamado de Curitiba além de tudo o que para mim representava, uniu um pouco mais nós dois...
Dois seres tão distintos, com um mesmo sonho, caminhantes de diferentes estradas!
Se, caminhos paralelos, então no infinito as paralelas se encontram...
Se, caminhos distintos, então os diferentes, assim o são nas aparências... E se o são intimamente, ao se abrir mão de um pouco de individualidades, pode-se encontrar uma comunhão...
Seja, enfim, por qual motivo for, estava acolhido numa casa de sonhos...
Na casa do oco do mundo, feito menino, alegrei minha alma, arejei o meu coração, refiz minhas crenças na espécie humana, cri na possibilidade de seres tão diferentes serem um dia irmãos.
A casa do oco do mundo, agora já nem me parece tão distante...
Esta a meu alcance, como todos que abriga!
Aquela casa do oco do mundo, agora também é um pouco minha, sem cercas,
sem barreiras...
Aquela casa em Curitiba, agora fica no oco do meu coração!
Edvaldo Rosa
16/10/2010
www.sacpaixao.net