MONET
Interessante como uma memória nos leva a outra como se fosse uma flor a navegar sobre a superfície de um rio de águas tranquilas, que mesmo sendo única, em comunhão com a correnteza consegue adornar todo o seu leito com o lirismo de suas pétalas refletidas na carruagem das águas que a conduz em direção ao mar...
Naquela época eu usava um quadro de Monet como imagem de exibição, quadro que inspirou em mim, um sentimento muito doce que traduzi em algumas singelas letras que na ocasião mostrei ao Christian e hoje, deixo ao alcance de outros olhares que queiram viajar por esse mundo tão bucólicamente encantador, através dos " Olhos de Monet".
" Eu gostaria de ver o mundo através dos olhos de Monet... Suas obras tem um frescor bucólico romanticamente distorcido. Assim como o amor, que nos turva a visão distorcendo generosamente as imagens que se tornam borradas... Leves...
Os defeitos se misturam as qualidades, em borrões de amor de suaves tons pastel. Ludibriando desta forma, a percepção de nossa visão pragmática. E assim aos poucos, nos deixamos embriagar pela leveza refrescante que nos invade a alma...
Atrevo-me então, a fazer um paralelo entre a visão de Monet e o amor da forma como o percebo nesse momento... Uma doce e inebriante ilusão que nos invade a alma. Que chega e turva aos olhos, direcionando nosso olhar para o que está além da visão."
E foi assim que ele me chamou de Petit...