ANOS DOURADOS?
Interprete o texto como achar melhor!
Tudo começou em 2006. Era uma noite de quarta-feira, em uma escola de informática. O recém-animado AVB assumia uma missão que até hoje não tem final feliz. Naquelas semanas, a primeira "vítima" repeliu facilmente seus parcos encantos. Com o tempo, AVB desencanou da prenda. Porém, meses depois, um exemplar com as características consagradas pelo dito-cujo. A empreitada até que começou bem: um passeio logo em um evento anual de inverno da cidade. Todavia, parou por aí. Posteriormente, a "segunda vítima" tirou AVB facilmente do caminho.
Havia um curso técnico. AVB, confuso, topou a inscrição em uma habilitação com a qual ele não possui a menor identificação, somente com o escuso objetivo de cumprir a inglória missão. Surge então alguém de características um pouco distantes do padrão "avbedista". Mesmo assim, o martírio perdurou por sangrentas 11 semanas até um melancólico fim.
O domingo do ENEM registrou surpresas. Principalmente na volta, com duas personagens, tidas como excelentes opções. AVB começa muito bem, obrigado. Porém, após ser repelido algumas vezes, o bravo soldado AVB sucumbe com o golpe fatal. Ele se levanta. 2006 estava acabando. Não havia mais o que ser feito.
A temporada 2007 tem início. De ânimos renovados, o soldado AVB retoma a missão com o uso de armas alternativas. O primeiro resultado é satisfatório e imediato. O suspense e a apreensão se arrasta por 3 meses. Até que no mais que consagrado 31 de março de 2007, vem o primeiro sucesso. Não era o que realmente se esperava: diante de tantas células adiposas da vítima, conclui-se que a missão ainda estava parcialmente cumprida. Mas o método mostrou-se vencedor.
No mês seguinte, mais uma tentativa. E mais uma suada decisão, em que AVB obteve sucesso, mas não da forma que se esperava. O processo mostrava-se cada vez mais complicado.
No dia 23 de junho, surpresa! Uma "vítima", dada como perdida, reaparece em cena. E corajosa. Ela desafia AVB para a missão. Nosso destemido combatente encara o prélio e vence, após muito sacrifício e sangue-frio, AVB conquista o desafio pela terceira vez em sua história.
O ano de 2007 se mostrava relativamente pujante. Ainda estava longe do ideal, mas soava como "milagre econômico". Contudo, o ano não acabara. O método alternativo, antes eficiente, começava a claudicar. Oportunidades desenhadas começavam a se mostrar enganosas. Nesse contexto, surge uma chance proveniente do local de labor. Ela tira AVB para o desafio o tempo todo. O guerreiro custa a acreditar, mas acaba por aceitar. Mas era uma emboscada. Nosso soldado não crê na pérfida situação. Mas não dava pra desistir. O mês de dezembro prometia. Seria o ideal, encerrar 2007 com mais uma conquista. Pela terceira vez no ano, AVB é desafiado. E encara novamente, com muita galhardia. A aparente falta de experiência da vítima torna o combatente o favorito. Mas favoritismo não entra em campo, e AVB é vencido na virada do ano.
Começa o calejado 2008. Nosso herói é incansável e persistente. Ele teima com o método alternativo e, a princípio, consegue algo. São nada mais, nada menos que 5 bons começos quase simultâneos. Janeiro tornou-se eufórico. Nos dias 25 e 26, esperava-se a consumação do que seria o maior mês da história "avbedista". Mas não é bem assim. No dia 25, sexta, a mesma "vítima" que mostrava-se mais corajosa que o próprio AVB recua e demonstra uma covardia impressionante na decisão. A derrota dói. Mas sábado tinha mais. E parecia que ia dar certo. O início foi excelente. Infelizmente, só deu pro cheiro. Posteriormente, a segunda "vítima" do mês virou o jogo sobre AVB, terminando de impor simplesmente a mais vergonhosa derrota de todos os tempos.
Ainda havia 3 começos bons. Um deles não chegou a vingar. Os outros 2 se arrastaram.
Em abril, nosso herói chegou a seu limite. Não aguentava mais tantas derrotas. Alguma revolução tinha que acontecer. Humilhado, abatido e agonizante, nosso estupefato guerrilheiro lança mão do terceiro método. Não que isso detivesse algum segredo. O terceiro método sempre fora conhecido como eficaz, mas também ilícito. Entretanto, não havia escolha. Tornara-se o único jeito. E assim foi. A atitude, que pode ser vista como covarde por uns e cômoda por outros, se transformou em uma decisão vencedora, a quarta da história.
Desde então, tranquilidade. O terceiro método era o ideal. Não havia necessidade de mais nada. E foi nesse metiê que, no mês de junho, ocorreu o Grande Susto. Dali pra frente foi terror. Medo. Apreensão. Preocupação. Isso até o Alívio, em setembro. Muita comemoração. Mas o que não estava no gibi foi uma insólita situação ocorrida. Durante os meses de agosto e setembro, alguém se aproxima gradativamente de AVB. Foi um começo bem amistoso. O nosso guerreiro não queria mais saber de combate direto. Só que o tempo foi passando. Esse alguém foi logo se transformando em mais uma "vítima", como todas as outras. E, como todas as outras, foi realmente afrontada de forma apenas fugaz. Após o Alívio, ela se afastou, em uma inédita coincidência. Mas já fizera o estrago necessário no sedento AVB. Foram muitos desafios e intimações. Durante a temporada, o soldado estava incapacitado. Mas ressurgiu ao final de novembro. E AVB foi com tudo pra cima da "vítima", que ainda por cima atendia a todas as características avbedistas. O bravo combatente, apesar de vacinado, chegou a ter esperanças. Mas foi em vão. Novamente como todas as outras, essa nova e recente "vítima" aniquilou AVB novamente de maneira cruel. Hoje, ela deve estar parando em outras estações. Arrasando plagas. E conquistando territórios. Como todas as supostas vítimas fizeram e fazem. Menos o AVB. O que será que acontece?
Não se sabe. Ninguém sabe. É um grande mistério, não da meia-noite, mas do dia inteiro. Pergunta sem resposta.
Enquanto isso, lá está o AVB livre, leve e solto, feliz com o seu 3º método.