Procê Amor!

Eu escrevi procê amor, sim eu escrevi.

Eu havia prometido procê, que extribuchava mas eu ia me abrir, eu ia te falar tudin, e eu cá apanhei umas palavra bunita, palavras como o que eu sinto aqui e aí eu lhe escrevi. Lhe escrevi uma par de palavras duras também, ou ao meno o que é duro de admitir, eu estou amando novamente, ainda e sempre à ti.

Eu havia brigado cás letra, você sabe que tava ruim de fluir... Né que faltava inspiração não, mas o sentimento tava expirando de mim.

Eu tava há um tempo calada e tu queria saber de mim, pediu pra eu desabafar, pra acreditar em ti, e prumodisso que`u resolvi te escrever, coloquei pra fora o sentir e dei de parir nas letras, nos versos, as dores, as alegria tudo que fica e vai aqui.

Escrevi outro dia numa mesa de bar, bebi um golin é bem verdade, que foi pra poder ajudar.

Má oia que eu ajuntei as letra cum tanto cuidado, cum tanto carin, ah e fui sincera tamém que quando eu terminei (e agente nunca termina, que quando termina sobra sempre mais, só num sobra aquando nóis morre), eu arrazoei assim:

- Se me conhece ou ela me ama ou se aparta de mim!

Ai mer que eu fiquei cum medo e eu nunca de que queria te dar a conhecer de mim, e eu quis correr foi um monte de ti, eu queria correr légua, feito uma égua dessas selvage que homi nenhum nuna que amuntó.

Pois aintão ocê me estende a mão e diz:

- Dacá isto a ler, larga de ser xucro deixa eu te saber.

Engoli um nó na garganta e oiá amor foi tanto mais medo ainda que senti, seus oio passeando pelas letra e por fim, como se ocê tivesse lido um papel assim todo em branco, sem entender nada mesmo, que minha letra e minha vida é tudo só num linguajar de sinais de uma língua qualquer que ninguém estudou nessa terra interinha desse mundão de meu Deus e de nosso Senhor Jesus Cristin...

Sem entender nada, mas foi leu e leu e leu, desitiu de embaçá a vista com o que tava escrito e borrado ali, embolô o papel e vortô dizendo:

- É, mar eu te amo mesmo assim, viu?!

Ai, eu sei có já nem lembro mais o que tava escrivido ali, nem importa mais. Bora escrever tudo junto dagora a frente, que nóis se entende melhor se escreve junto.

Ingrid Fernandes
Enviado por Ingrid Fernandes em 15/10/2010
Código do texto: T2558260
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