O leitor não se engana
Uso os sites literários da rede quase todos os dias. O que me facilita conhecer o leitor. Raramente engana-se. Dou um exemplo recente.
Escrevi sobre trovas no Recanto das Letras. Esperava mais leituras e não consegui o êxito.
Editei o texto duas vezes, alterando o conteúdo e o título. Nada!
O leitor tem uma espécie de radar. Vasculha tudo; aceita os bons e repudiam os outros. Reparo que as poesias são mais aceitas. Mesmo as prolixas, que abusam da metáfora, uma prova evidente que o autor não é seguro, não sabe desenvolver sua idéia e apela. Toda vez que me deparo com este fato, vou adiante e não comento.
A beleza pura encontra-se na sua forma cristalina. A tentativa de alcançar por qualquer outro meio fracassa. Por muitas vezes, agride.
É lastimável que quase todos não entendam assim: ser intelectual é ser prolixo, pensam.
É exatamente o contrário. Quanto mais simples, mais puro.