O JUBILEU
          Entramos no ano 2000! Ano tão esperado pelos cristãos, sobretudo pelos católicos.

          O Ano Santo ou Ano do Grande Jubileu do nascimento de Jesus traria muitas bênçãos, especialmente para aqueles que estão na caminhada rumo à Santidade e são privilegiados por terem depositado sua esperança naquele que é a própria Esperança: Jesus Cristos, o Salvador.

          Tivemos uma grande preparação próxima e remota para o Grande Jubileu. Na remota, desde o Concílio do Vaticano II, a Igre-ja vem preparando o seu povo através das encíclicas papais e dos documentos da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

          Na próxima, tivemos inicialmente, a Carta Apostólica “Ter-tio Millenio Adveniente” do sumo pontífice João Paulo II ao episcopado e aos fiéis sobre a preparação para o jubileu do ano 2000 e, em seguida, o documento 56 da CNBB Rumo ao Novo Milênio” com toda a programação desde o ano de 1966 – ano da sensibilização.
No ano da sensibilização foram feitas:
1- Avaliação da ação evangelizadora em todos os níveis (pesquisas)
2- Estudos das Diretrizes da CNBB, da TMA e do COMILA 5.
3- Conscientização do sentido do Jubileu e dos 500 anos de evangelização no Brasil.
4- Preparação de Projetos (nacionais, regionais, diocesanos, paroquiais) e dos agentes.
5- Busca de cooperação ecumênica com as igrejas cristãs.
No triênio preparatório, de caráter trinitário, tivemos o estudo e a vivência dos temas:
- 1997 dedicado a Deus Filho: Jesus Cristo (fé e batismo);
- 1998 dedicado a Deus Espírito Santo: Espírito Santo (esperança e crisma)
- 1999 dedicado a Deus Pai: Deus Pai (caridade e reconciliação).
E no ano 2000, glorificação da Santíssima Trindade (Eucaristia e Celebração do Jubileu).

         Durante estes quatro anos, os temas deveriam ser vividos obedecendo às exigências da evangelização inculturada, através do testemunho, do serviço, do diálogo e do anúncio.
Os temas de 97 a 99 foram vividos à luz dos Evangelhos de Marcos, Lucas e Mateus, respectivamente, e tiveram Maria como modelo de fé (97), de esperança (98) e de amor (99).

         As atividades foram as mais variadas possíveis e tiveram como destinatários preferenciais católicos participantes, sociedade (prioritariamente os pobres), outras igrejas, religiosidade popular e os afastados.

         Foram agentes da preparação os leigos, movimentos e pastorais, consagrados, ministros ordenados, organizados conforme as linhas do planejamento pastoral.
Muitas pessoas deixaram passar despercebida a hora da graça, e, por isso, perderam a oportunidade de serem curadas, libertadas e salvas. É uma pena, pois aquele foi um tempo de misericórdia e de renovação para toda a humanidade. E, mais uma vez se cumpre a Palavra de Deus quando diz: “veio para o que era seu, mas os seus não o receberam” (Jo 1, 11).

          Há 2000 anos Deus visitou o seu povo de uma maneira muito especial em Jesus de Nazaré, verdadeiro Deus e verdadeiro homem. Dirigiu-nos palavras de vida eterna e realizou a nossa redenção pa-ra que pudéssemos entrar nesta vida. Cabe a cada um de nós aco-lhermos ou rejeitarmos a graça da Salvação que Ele nos ofereceu.
Quando o Papa João Paulo II abriu a Porta Santa, na Basílica de São Pedro, na noite de natal de 1999, dando início ao grande Jubileu do ano 2000, esta, indicava além do novo tempo do Ano Santo, o Cristo, através de quem temos acesso ao Pai. Passar por aquela porta indicava a passagem do pecado à graça que somos chamados a realizar em e por Cristo.

          Um dos mais belos e importantes elementos do Grande Jubileu do ano 2000 é o perdão. E na celebração do Ano Santo, o dia 12 de março, 1° Domingo da Quaresma, foi dedicado ao reconhecimento dos pecados cometidos por todos os que crêem com o conseqüente pedido de perdão. Neste dia histórico, chamado de Dia do Perdão, toda a Igreja, unida ao sucessor do Apóstolo São Pedro, o Papa, por ele representada, ajoelhou-se diante de Deus que perdoa os pecados e purifica toda iniqüidade para implorar o dom da Divina Misericórdia.

          O Ano Santo foi um marco entre o fim de um tempo e o iní-cio de um novo tempo. Com ele termina o segundo milênio e flo-resce o terceiro milênio da era Cristã.
Neste novo milênio, como nos tempos anteriores, Maria, nossa mãe, acompanha os passos de seus filhos na terra. Como nas “Bodas de Caná”, ela continua a nos dizer: “fazei o que Ele vos disser” (Jo 2, 5b).

          Essa palavra, que continua viva e ecoando até hoje, mostrou que a melhor forma de honrá-la é fazer a vontade de Seu Filho.

         Ela tem cuidado de nós, intercedendo por nós e nos mos-trando o caminho para Jesus. Suas aparições em muitos lugares do mundo são como luzes a iluminar as trevas de um momento histórico, de um povo, ou do mundo inteiro em perigo.
Na mensagem de Medjugorje, de fevereiro de 2000, Maria diz que este é um tempo de graça que Deus nos dá. E pede que oremos por aqueles que não conhecem o amor de Deus. A paz precisa ser semeada nos corações. Maria quer que todos os corações se convertam a Jesus. Porque é a vontade do Pai que não se perca nenhum dos seus pequeninos. E onde está a Mãe, está Jesus e onde esta Jesus está a Benção do Pai.
Neste ano tão especial para o mundo inteiro, também eu re-cebi, entre tantas graças, a de tomar coragem, incentivada por duas ex-alunas, mui queridas, Coca e Beta, e, editar o meu livro “Reminiscências”.

         O dia 28 de julho foi muito especial para mim, principalmente pelo carinho recebido de todos os amigos e amigas que me prestigiaram na noite de autógrafo.

          A recompensa sentimental foi grandiosa. Recebi telegramas de várias cidades e estados do Brasil, onde residem conterrâneos que foram com exemplares do livro presenteados por familiares ou amigos.

          Foi gratificante ser entrevistada por alunos das escolas da rede particular e estadual da minha terra, que usaram o livro como paradidático.
Emocionante foi também, ter sido o mesmo objeto de pes-quisa para trabalhos de universitários, sobretudo da URCA, onde fiz meu curso superior, em Pedagogia, com especialização em Ad-ministração Escolar.

          As minhas lembranças da infância, são também das pessoas da minha geração, motivo pelo qual o livro foi bem aceito. Mas muitos jovens, especialmente os amantes da cultura, também o apreciaram pela oportunidade que tiveram de conhecer o Brejo San-to de cinqüenta anos atrás.

          O livro me deu a alegria de ser homenageada pelo Centro Educacional Casinha da Criança na IX SEARC (Semana da Cultura Popular) com o troféu “Cultura Popular” e de receber o prêmio “Elizabeth Hellen” como o destaque cultural do ano 2000, na festa do dia 28/12/2000, no B.S.U.C, promovida pela Fundação Elizabeth Hellen.

          Fechei o milênio com chave de ouro; a minha filha Neusa Regina concluiu a sua Faculdade. Ela é Bacharela em Ciências Jurídicas.