Na inquietude da vida
Águida Hettwer
Viver é uma inquietude constante. Tem momentos que a razão perde a vez e regidos pelas emoções somos estimulados. Uma cena, imagem, sons e palavras, nos remetem ao passado, ou assumimos ares de profetas.
Quem nunca se emocionou, com uma musica tocando suavemente ao fundo. Da qual foi tema, de momentos puros de sensibilidade. E ao abrir um álbum antigo de fotografias, deparou-se, com o registro de pessoas queridas, que em matéria não estão mais entre nós e isso he provocou tamanha emoção. Alguém lhe chama por aquele apelido, tão carinhoso, que somente os mais íntimos sabem e que há muito tempo não ouvia e isso lhe trouxe boas recordações.
Conhecemos pessoas, recentemente. Entretanto, temos a sensível impressão que há muito tempo, fazíamos parte um da vida do outro. Como se brincássemos no mesmo pátio da infância, emprestássemos os cadernos escolares, para copiar a matéria perdida naquele dia frio, onde o resfriado e a febre, não permitiram que saíssemos de casa, naquele dia. Olhamos para aquele ser, tão precocemente, e somos combatidos por uma sensação de que “Estamos em casa”.
Pessoas partem para outros destinos, deixando um vazio, como se nunca estivessem do nosso lado. Deixando apenas resquícios de vagas lembranças. Pessoas chegam. E se instalam para ficar, haja o que houver, estão ali. Estimulando-nos, sendo suporte e apoio, há sempre uma palavra amiga, para recompensar uma perda. Há um gesto que vale mais que um milhão.
Há pessoas, irrevogavelmente vivem distantes, contudo são presentes em nossas vidas. É sol radiante, iluminando as tristes tardes de solidão. Emocionam-nos com suas almas transparentes, que sabem doar e receber. Primeiro estendem as mãos, sem ter a noção do que vos esperam. Desprendem-se com naturalidade, humildade e alegria. Não vivem de mentiras, são o que são.
Não há nada mais sublime do que desabrochar a alma, no solo fértil das emoções. Regidos e libertos, amando sem distinção.
14.10.2010
Águida Hettwer
Viver é uma inquietude constante. Tem momentos que a razão perde a vez e regidos pelas emoções somos estimulados. Uma cena, imagem, sons e palavras, nos remetem ao passado, ou assumimos ares de profetas.
Quem nunca se emocionou, com uma musica tocando suavemente ao fundo. Da qual foi tema, de momentos puros de sensibilidade. E ao abrir um álbum antigo de fotografias, deparou-se, com o registro de pessoas queridas, que em matéria não estão mais entre nós e isso he provocou tamanha emoção. Alguém lhe chama por aquele apelido, tão carinhoso, que somente os mais íntimos sabem e que há muito tempo não ouvia e isso lhe trouxe boas recordações.
Conhecemos pessoas, recentemente. Entretanto, temos a sensível impressão que há muito tempo, fazíamos parte um da vida do outro. Como se brincássemos no mesmo pátio da infância, emprestássemos os cadernos escolares, para copiar a matéria perdida naquele dia frio, onde o resfriado e a febre, não permitiram que saíssemos de casa, naquele dia. Olhamos para aquele ser, tão precocemente, e somos combatidos por uma sensação de que “Estamos em casa”.
Pessoas partem para outros destinos, deixando um vazio, como se nunca estivessem do nosso lado. Deixando apenas resquícios de vagas lembranças. Pessoas chegam. E se instalam para ficar, haja o que houver, estão ali. Estimulando-nos, sendo suporte e apoio, há sempre uma palavra amiga, para recompensar uma perda. Há um gesto que vale mais que um milhão.
Há pessoas, irrevogavelmente vivem distantes, contudo são presentes em nossas vidas. É sol radiante, iluminando as tristes tardes de solidão. Emocionam-nos com suas almas transparentes, que sabem doar e receber. Primeiro estendem as mãos, sem ter a noção do que vos esperam. Desprendem-se com naturalidade, humildade e alegria. Não vivem de mentiras, são o que são.
Não há nada mais sublime do que desabrochar a alma, no solo fértil das emoções. Regidos e libertos, amando sem distinção.
14.10.2010